RESUMO Objetivo: Comparar as respostas referentes aos sintomas vocais em duas versões do questionário Condição de Produção Vocal - Professor (CPV-P), com respostas em escala Likert e em escala visual analógica (EVA), para avaliar qual é a melhor forma de aferição. Métodos: Estudo observacional transversal realizado com professoras em atendimento por distúrbio de voz no período de julho de 2011 a julho de 2012. Todas responderam ao questionário CPV-P em duas versões: com respostas em escala Likert de quatro pontos e em escala analógico-visual em régua de 50 mm. Foram analisadas as questões referentes à dimensão de sintomas vocais. Resultados: A maioria dos sintomas apresentou concordância boa (rouquidão, voz fina, voz variando, voz fraca, esforço ao falar, pigarro, ardor na garganta, dor ao falar) ou regular (perda de voz, falha na voz, voz grossa, cansaço ao falar, garganta seca, bola na garganta, secreção na garganta, dor ao engolir, dificuldade engolir, tosse seca). Conclusão: O questionário CPV-P com respostas em escala Likert mostrou-se mais indicado em relação às respostas em EVA pela facilidade de compreensão e interpretação, bem como por facilitar o registro das respostas para o investigador. Pelo exposto, opta-se pela recomendação de manutenção das respostas em escala Likert para o questionário CPV-P, considerando-se validado quanto à maneira de aferição das respostas. A dimensão de aspectos vocais avaliada no presente estudo, que hoje constitui o Índice de Triagem de Distúrbio de Voz (ITDV), pode ser utilizada em estudos epidemiológicos para estimar a prevalência de sintomas vocais bem na clínica fonoaudiológica ou acompanhamento de professores ao longo da carreira.
ABSTRACT Purpose: To compare the responses related to vocal symptoms in two versions of the Vocal Production Condition - Teacher (CPV-T) questionnaire, with responses on a Likert scale and a Visual Analog Scale (VAS), in order to evaluate which is the best measurement method. Methods: A cross-sectional observational study was conducted with teachers with voice disorders during the period from July 2011 to July 2012. All teachers answered the CPV-T in two versions: with answers on a 4-point Likert scale and on a 50-mm VAS. The answers related to vocal symptoms dimension were analyzed. Results: Most of the symptoms showed good (hoarseness, high-pitched voice, unstable voice, weak voice, effort when speaking, throat clearing, burning throat, and pain when speaking) or regular concordance (loss of voice, failing voice, low-pitched voice, vocal fatigue, dry throat, lump in the throat, secretion in the throat, pain when swallowing, difficulty swallowing, and dry cough). Conclusion: The CPV-T questionnaire with answers on Likert scale proved to be more suitable than the VAS owing to the ease of understanding and interpretation, in addition to facilitating the input of answers for the researcher. Therefore, the Likert scale was chosen for the CPV-T, considering it to be validated as the method to measure the answers. The dimension of vocal aspects evaluated in the present study, the Voice Disorder Screening Index (ITDV), can be used in epidemiological studies to estimate the prevalence of vocal symptoms and in the Speech-Language Pathology and Audiology clinic routine or in monitoring teachers throughout their careers.