Resumo O estresse no trabalho afeta os aspectos psicológicos, físicos e sociais do trabalhador, bem como a eficácia das organizações produtivas. O objetivo deste estudo foi compreender o estresse ocupacional na mídia jornalística sob a ótica da organização do trabalho. Trata-se de uma pesquisa qualitativa conduzida por análise de conteúdo de Bardin, com base nas categorias analíticas previamente definidas pela Organização Mundial da Saúde, no relatório “Work Organization & Stress”, sob a perspectiva do referencial teórico de Christophe Dejours. Foram classificadas 727 notícias que tinham como palavra-chave ‘estresse’, sendo 130 notícias específicas do tema estresse no trabalho. Dentre estas notícias, foram classificadas as categorias “Conteúdo dos Riscos do Estresse” (47) e “Contexto dos Riscos do Estresse” (59), ambas com suas subcategorias. Constatou-se que a mídia quase não tem funcionado como porta-voz dos trabalhadores a fim de cumprir seu papel social, sem estimulá-los como sujeitos sociais. Propõe-se que a mídia jornalística estimule ações que impulsionem o protagonismo dos trabalhadores, baseado na visibilidade das legislações vigentes, e aponte caminhos mais diretos para que os trabalhadores possam lutar pela garantia de direitos à saúde no combate ao estresse, com perspectiva crítica do entendimento sobre organização do trabalho e suas potencialidades na promoção da saúde.
Abstract Stress at work affects psychological, physical and social aspects of the workers, as well as the efficacy of the productive organizations. The goal of the present study was to comprehend occupational stress in the journalistic media under the perspective of the organization of labor. It is a qualitative research conducted through Bardin’s content analysis, based on the analytical categories previously defined by the World Health Organization in the ‘Work Organization & Stress’ report, under the perspective of the theoretical framework of Christophe Dejours. We classified 727 news stories that had ‘stress’ as a keyword, with 130 news stories specifically approaching the topic of stress at work. The news stories were divided into two categories, each with subcategories of their own: ‘Content of the Risks of Stress’ (47) and ‘Context of the Risks of Stress’ (59). We verified that the media has scarcely been working as the spokesperson for the workers in order to fulfill its social role, without stimulating them as social subjects. We propose that the news media stimulates actions that boost the prominence of the workers, based on the visibility of the current laws, and indicates more direct ways for the workers to be able to fight to guarantee their rights to health in the struggle against stress, with a critical perspective of the understanding regarding the organization of labor and its potentialities in the promotion of health.
Resumen El estrés en el trabajo afecta los aspectos psicológicos, físicos y sociales del trabajador, así como la eficacia de las organizaciones productivas. El objetivo de este estudio fue comprender el estrés ocupacional en los medios periodísticos bajo la perspectiva de la organización del trabajo. Se trata de una pesquisa cualitativa conducida por análisis de contenido de Bardin, con base en las categorías analíticas previamente definidas por la Organización Mundial de la Salud, en el informe “Work Organization & Stress”, bajo la perspectiva del referencial teórico de Christophe Dejours. Han sido clasificadas 727 noticias que tenían como palabra clave “estrés”, siendo 130 noticias específicas sobre el tema del estrés en el trabajo. Estas noticias han sido clasificadas en dos categorías, cada cual con subcategorías: “Contenido de los Riesgos del Estrés” (47) y “Contexto de los Riesgos del Estrés” (59). Se constató que los medios ya casi no funcionan como portavoces de los trabajadores con el objetivo de cumplir su papel social, sin estimularlos como sujetos sociales. Se propone que los medios periodísticos estimulen acciones que promuevan el protagonismo de los trabajadores, con base en la visibilidad de las legislaciones vigentes, e indiquen caminos más directos para que los trabajadores puedan luchar por la garantía de derechos a la salud en el combate al estrés, con perspectiva crítica del entendimiento sobre la organización del trabajo y sus potencialidades en la promoción de la salud.