Resumo No contexto dos Estados-nação europeus modernos, o Império Habsburgo era um anacronismo. Entretanto, sua constituição multiétnica e multicultural garantiu uma coexistência pacífica e igualitária que foi apreciada por várias minorias, em particular os judeus. Após o fim da Primeira Guerra Mundial, estes permaneceram no novo Estado-nação da Áustria alemã ou na República da Áustria como uma espécie de minoria sem status de minoria. Na idéia da „Europa Central“ sobreviveu uma parte substancial da ideologia que tinha mantido o império unido no final do século XIX. Ela se encontrou seu caminho para os elementos nostálgicos de uma nova identidade dos austríacos resistentes às tendências pan-germânicas, mas também foi defendida por intelectuais católicos conservadores de ascendência judaica que buscavam um bastião contra as tendências anti-semitas e ultra-nacionalistas. Entre as guerras, Hugo von Hofmannsthal, Leopold von Andrian e Otto Maria Karpfen (Carpeaux) desenvolveram idéias políticas que, da perspectiva atual, parecem extremamente conservadoras e até anacrônicas. Se olharmos mais de perto para eles, no entanto, torna-se claro que a idéia Mitteleuropa forma um núcleo humanista dentro do gesto antimoderno, uma específica forma de resistência à onda totalitária dos anos 1930. O presente artigo tenta delinear as diferenças das três concepções e também seus traços unificadores.
Abstract In the context of modern European nation states, the Habsburg Empire was an anachronism. Its multi-ethnic and multicultural conception, however, guaranteed a peaceful, equal coexistence that was appreciated by various minorities, especially by the Jews. After the end of the First World War, these remained in the new nation state of German Austria or the Republic of Austria as a kind of minority without minority status. In the idea of „Central Europe“, a substantial part of the ideology that had held the empire together at the end of 19th century survived. It found its way into the nostalgic elements of a new identity of those Austrians who were resistant to the pan-German tendencies, but was also held by conservative Catholic intellectuals of Jewish origin who were looking for a bastion against anti-Semitic and ultra- nationalist tendencies. Hugo von Hofmannsthal, Leopold von Andrian and Otto Maria Karpfen (Carpeaux) developed political ideas that seem extremely conservative and even anachronistic from today’s perspective. At a closer look, however, it becomes clear that the Mitteleuropa idea forms a humanistic core within the anti-modern gesture, a specific kind of resistance to the totalitarian wave of the 1930s. This article attempts to trace the particular nature of the three conceptions in their specificity as well as their unifying features.
Zusammenfassung Im Kontext der modernen europäischen Nationalstaaten war das Habsburger Reich ein Anachronismus. Seine multiethnische und multikulturelle Konzeption garantierte jedoch ein friedliches, gleichberechtigtes Zusammenleben, das von verschiedenen Minderheiten geschätzt wurde, insbesondere von den Juden. Diese verblieben nach dem Ende des Ersten Weltkrieges in dem neuen Nationalstaat Deutschösterreich bzw. Republik Österreich als eine Art Minderheit ohne Minderheitenstatus. In der Idee von „Mitteleuropa“ überlebte ein guter Teil der Ideologie, die das Reich am Ende des 19. Jahrhunderts zusammengehalten hatte. Sie fand Eingang in die nostalgischen Elemente einer neuen Identität der Österreicher, die resistent waren gegen alldeutsche Tendenzen, wurde aber auch von konservativ-katholischen Intellektuellen jüdischen Ursprungs vertreten, die nach einer Bastion gegen die antisemitische und ultranationalistische Entwicklung suchten. Hugo von Hofmannsthal, Leopold von Andrian und Otto Maria Karpfen (Carpeaux) entwickelten in den Jahren zwischen den Kriegen politische Vorstellungen, die aus heutiger Sicht extrem konservativ und anachronistisch erscheinen. Betrachtet man sie jedoch genauer, wird deutlich, dass die Mitteleuropa-Idee im Rahmen des antimodernen Gestus einen humanistischen Kern bildet, eine spezifische Form von Widerstand gegen die totalitäre Welle der 1930er Jahre. Der vorliegende Artikel versucht die Eigenart der drei Entwürfe und ihre verbindenden Züge nachzuzeichnen.