Resumen En este trabajo analizamos desde una perspectiva antropológica un ensamblaje museal, entendido como la trama de proyectos, objetos, narrativas, afectos, actores y performance dispuestos para conectar emocionalmente al público y movilizar valores institucionales. Nos ocupamos de manera específica del Museo Histórico de la Policía Nacional de Colombia (mhpn), institución que alberga un conjunto de piezas y narrativas evolucionistas y contemporáneas dispuestas para justificar la misión de la institución policial y el uso de la violencia por parte del Estado. En estas narrativas, los agentes de policía son presentados como héroes y como víctimas y se hace explícita una profunda herida institucional. Pero el museo alberga también objetos abyectos, muchos de ellos pertenecientes a famosos criminales y obtenidos en medio del conflicto armado y de la lucha contra los carteles del narcotráfico. Argumentamos que, pese al esfuerzo de los guías y directivos del mhpn por mostrar una imagen positiva de la policía, los objetos abyectos ganan la partida y terminan siendo preferidos por los visitantes. Así mismo, vemos cómo, en medio del último estallido social acaecido en Colombia, los objetos de los representantes de la ley puedan ser leídos como abyectos, al materializar la injusticia y el exceso infringido por representantes del Estado. Consideramos que el caso del mhpn es bueno para pensar las relaciones entre materialidad, conflicto y emociones, y para entender la imagen de mundo de las instituciones estatales encargadas de mantener el orden social. museal proyectos afectos institucionales mhpn, , (mhpn) Estado institucional narcotráfico visitantes mismo cómo materialidad emociones (mhpn
Abstract The present article analyzes a museological assemblage. We define this as the maze that is constituted by planning projects, objects, narratives, affects, social actors, and performances that promote an emotional bond between an exhibition and its visitors. The specific object of our analysis is the “Museo Histórico de la Policía Nacional de Colombia” (MHPN). This institution preserves an assembly constituted by a set of pieces and evolutionary and contemporary narratives that justify both the mission of the Colombian National Police and its legitimate use of violence. In the narratives presented by the assemblage, policemen are represented as heroes and victims. We argue that the museum displays an institutional wound. However, the MHPN also displays objects that belonged to famous criminals. We have named them abject objects. These were collected during Colombia’s armed conflicts and during the war on drugs. In the narratives of the Museum guides, the objects serve to demonstrate triumph over the “forces of evil”. Nevertheless, in spite of the effort of the guides to create a very positive image of the Police, these efforts fail attracting a great deal of visitors’ attention, creating a sort of positive image of “the bad guys”. These objects activate a bond between the visitor and the “criminals”. In fact, during the last round of social protest in Colombia, police objects (objects understood as “good” by the Museum) often became signified as abject objects, materializing State violence and, specifically, police violence. We propose that studying state Museums allows us to better understand the relations between materiality, armed conflict, and emotions. In other words, we argue that the analysis of museological assemblages provides a fertile theorical and methodological strategy for the understanding of the image of the world according to state institutions. assemblage projects affects actors visitors Museo Colombia MHPN. . (MHPN) victims wound However criminals Colombias s drugs forces evil. evil evil” Nevertheless attention guys. guys guys” “criminals” fact good “good specifically materiality conflict emotions words institutions (MHPN “criminals
Resumo O trabalho a seguir analisa, a partir de uma perspectiva antropológica, uma ensamblagem museal, isto é, uma teia de projetos, objetos, narrativas, afetos atores e performances instaurados para se conectar emocionalmente com o público e mobilizar valores institucionais. Estudamos especificamente o Museu Histórico da Polícia Nacional da Colômbia (mhpn), instituição que contém um conjunto de peças e narrativas evolucionistas e contemporâneas dispostas para justificar a missão da instituição policial e o uso da violência por parte do Estado. Nessas narrativas, os agentes da polícia são apresentados como heróis e como vítimas, e se faz explícita uma profunda ferida institucional. Mas o museu conserva também objetos abjetos que pertenceram a criminosos famosos, obtidos no meio do conflito armado e da guerra contra o tráfico de drogas na Colômbia. Embora os guias e os diretores do mhpn se esforçem por oferecer uma imagem positiva da polícia, os objetos abjetos terminam por ganhar o jogo, pois são os favoritos dos visitantes. Além disso, vemos como, no meio da última greve nacional na Colômbia, os objetos dos representantes da lei podem ser lidos como abjetos, ao materializarem a injustiça e os excessos da força pública. Na nossa opinião, o caso do mhpn é bom para pensar as relações entre materialidade, conflito e emoções, e para entender a imagem de mundo das instituições estatais encarregadas de manter a ordem social. analisa antropológica museal projetos institucionais mhpn, , (mhpn) Estado vítimas institucional famosos jogo visitantes disso pública opinião materialidade emoções social (mhpn