Espécies reativas do oxigênio (ERO) e radicais livres estão relacionados ao início ou à exacerbação de muitas doenças em organismos vivos; existindo portanto uma necessidade contínua por moléculas antioxidantes que inativem as ERO e radicais livres. Muitos estudos com extratos brutos de plantas têm demonstrado propriedades antioxidantes e seqüestradoras de radicais livres. Espécies de Salacia são utilizadas, em muitos países, como remédio tradicional contra certas doenças e por suas propriedades antiinflamatórias. Neste estudo, o extrato bruto etanólico da casca da raiz da Salacia campestris Walp (Hippocrateaceae) foi avaliado quanto à sua habilidade em seqüestrar radicais livres e espécies reativas do oxigênio; os resultados são expressos como porcentagem de inibição das espécies ativas. ScEtOH mostrou-se eficiente frente as espécies estudadas: radical DPPH (inibição obtida = 30%), ABTS•+ (IC50 = 1,8±0,8 μg/mL), HOCl (IC50 = 1,7 ± 0,1 μg/mL), O2•- (inibição obtida = 32%), and NO• (inibição obtida = 18%). A inibição da atividade peroxidásica foi avaliada através da oxidação do guaiacol catalisada pela hemina, HRP e mieloperoxidase (MPO); os dados mostram que 10 μg/mL de ScEtOH promovem 54 e 51% de inibição, respectivamente para os sistemas da hemina e da HRP. No sistema da MPO, ScEtOH promoveu 50% de inibição na dose de 8,9 μg/mL, enquanto a quercetina, um potente inibidor da MPO promoveu tal inibição com 1,35 μg/mL.
Reactive oxygen species (ROS) and free radical species have been implicated in initiating or accompanying many diseases in living organisms; there is thus, a continual need for antioxidants molecules to inactivate ROS/free radicals. Many studies of plants crude extracts have demonstrated free-radical scavenging and antioxidant action. Salacia species have long been used, in several countries, as traditional medicines against certain diseases and for their anti-inflammatory properties. In this study, Salacia campestris Walp (Hippocrateaceae) root bark ethanol extract (ScEtOH) was assessed for its ability to scavenge free radicals and reactive oxygen species; the results were expressed as percentage inhibition of the active species. ScEtOH was efficient against studied species: DPPH radical (obtained inhibition = 30%), ABTS•+ (IC50 = 1.8±0.8 μg/mL), HOCl (IC50 = 1.7 ± 0.1 μg/mL), O2•- (obtained inhibition = 32%), and NO• (obtained inhibition = 18 %). Peroxidase activity inhibition was evaluated through the guaiacol oxidation reaction catalyzed by hemin, HRP and myeloperoxidase (MPO); data showed that ScEtOH at 10 μg/mL led to 54 and 51% of inhibition, respectively, for the hemin and HRP systems. In the MPO system, ScEtOH promoted a 50% inhibition at 8.9 μg/mL, whereas quercetin, a powerful MPO inhibitor, inhibited this system at 1.35 μg/mL.