O objetivo deste artigo é contribuir para os estudos sobre mortalidade por causas violentas na América Latina, através de análise comparativa dos padrões e tendências das mortes por causas externas em três contextos urbanos. Trata-se de estudo descritivo de fonte secundária, utilizando estatísticas vitais de Córdoba (Argentina), Campinas (Brasil) y Medellín (Colômbia) em três períodos entre 1980 e 2005. São priorizados os subgrupos de causas externas - homicídios por armas de fogo e outros; acidentes de transportes; suicídios; e eventos cuja intenção é indeterminada -, com os dados desagregados por idade e sexo e taxas calculadas para o ponto médio dos triênios próximos aos anos censitários. Os resultados indicaram que os níveis de Medellín superam os de Campinas e Córdoba para todas as causas externas estudadas, sendo os homens jovens o grupo mais atingido por tais causas. Os níveis de Campinas duplicam os de Córdoba para os homicídios e acidentes de trânsito, mas, para os suicídios, as taxas da cidade argentina são as mais altas. Para Medellín, as taxas máximas se foram verificadas por volta de 1990, ao contrário das demais, em que a tendência é crescente de 1980 a 2000 e decrescente entre 2001 e 2005. A disponibilidade dos dados de boa qualidade sobre mortalidade permite elaborar comparações entre as populações estudadas. A análise da mortalidade por causas externas evidencia diferenças importantes nos níveis e tendências, e menos no comportamento por sexo e idade, apesar de se tratar de cidades com algumas semelhanças, como o fato de constituírem importantes centros universitários e de desenvolvimento industrial de importância regional e para o país. Os resultados sugerem que fatores socioeconômicos e demográficos não são suficientes para explicar as diferenças observadas.
AIM: This article has the objective of contributing to studies on mortality from violent causes in Latin America through a comparative analysis of recent patterns and trends in deaths from external causes in three regional urban contexts. METHODS: A descriptive study from secondary sources is presented, using vital statistics from Cordoba (Argentina), Campinas (Brazil) and Medellin (Colombia) during three different periods between 1980 and 2005. The following subgroups of external causes are studied: homicides by firearms and other weapons, traffic accidents, and suicides and deaths with unspecified intentions. The data was disaggregated by age and sex, with rates calculated for the medians of the next three census years. RESULTS: The levels for Medellin are significantly higher than those seen in Campinas and Cordoba for all external causes studied. Young men constitute the group with the highest mortality. The levels in Campinas are twice those seen in Cordoba, especially in homicides and traffic accidents, but the suicide rates of Cordoba are double those in Campinas. For Medellin the rates were highest around 1990, unlike the two other cities where the trend grew between 1980 and 2000 and declined between 2001 and 2005. CONCLUSIONS: The availability of quality data on mortality allows comparisons among the populations studied. When comparing mortality from external causes, considerable differences in the levels and trends can be seen, but there are fewer differences observed on the data for age and sex. These data were collected from cities with similarities, as they are all three important university centers with industrial development that has been important for their countries. The results suggest that socioeconomic and demographic factors are insufficient to explain the great differences in the data reported.
OBJETIVO: Contribuir a los estudios sobre mortalidad por causas violentas en la América Latina a través de la análisis comparativa de los patrones y tendencias reciente de las muertes por causas externas en tres contextos urbanos regionales. MÉTODOS: Estudio descriptivo de fuente secundaria, utilizando estadísticas vitales del período 1980 a 2005, de Córdoba (Argentina), Campinas (Brasil), y Medellín (Colombia) en tres períodos entre 1980 y 2005. Destacan los siguientes grupos de causas: homicidios por armas de fuego y otros, accidentes de transportes, suicidios y de intención no determinada; desagregado por edad y sexo, con tasas calculadas con media de trienios próximos a los años censales. RESULTADOS: Los niveles de Medellín aventajan notablemente los de Campinas y Córdoba, en todas las causas estudiadas y en todas ellas son los hombres jóvenes los que ponen la mayor cuota de muertes. Los niveles de Campinas duplican a los de Córdoba, sobre todo en los homicidios y accidentes de tránsito, pero en los suicidios las tasas cordobesas duplican a las de Campinas. Para Medellín las tasas son máximas en torno de 1990, contrario de las otras ciudades donde la tendencia es creciente entre 1980 y 2000, y decreciente entre 2001 y 2005. CONCLUSIONES: La disponibilidad de datos sobre mortalidad con calidad permite comparaciones sobre la salud de las poblaciones estudiadas. Al comparar la mortalidad por causas externas, se evidencian diferencias en el nivel pero no tanto en el comportamiento por edad y sexo; a pesar que se trata de ciudades con algunas características similares por lo porte, además son centros universitarios y de desarrollo industrial de importancia en cada país. Los resultados sugieren que factores socioeconómicos y demográficos no son suficientes para explicar la gran diferencia en las cantidades observadas.