Resumo Objetivo: Avaliar os níveis de hemoglobina glicada em pacientes heterozigotos para hemoglobinas variantes e comparar os resultados deste exame com grupo controle. Método: Trata-se de um estudo experimental, baseado na comparação do exame de hemoglobina glicada de duas populações diferentes, sendo um grupo teste, representado por indivíduos heterozigóticos para hemoglobinas variantes (AS e AC) e um grupo controle, constituído por pessoas com perfil eletroforético AA. As duas populações verificadas devem obedecer ao critério de inclusão: glicemia de jejum, hemoglobina, ureia e triglicérides normais, bilirrubina > 20 mg/dL e não fazer uso de ácido acetilsalicílico. Foram avaliados 50 indivíduos heterozigotos e 50 controles no período de agosto de 2013 a maio de 2014. A comparação dos valores de hemoglobina glicada entre indivíduos heterozigóticos e controle foi realizada por meio do desvio padrão, média e teste G. Resultados: O estudo analisou um grupo teste e um grupo controle, ambos com 39 adultos e 11 crianças. A média dos adultos heterozigotos para HbA1c foi de 5,0%, o grupo controle apresentou índice de 5,7%. Já as crianças heterozigóticas obtiveram média de HbA1c de 5,11%, enquanto as normais apresentaram valores médios de 5,78%. O valor do teste G foi de p=0,9 para crianças e p=0,89 para adultos. Conclusão: Este estudo avaliou HbA1c pela metodologia de cromatografia de coluna com resinas de troca iônica, em que pacientes com heterozigoses para hemoglobinas variantes não apresentaram uma diferença significativa em relação ao grupo controle.
Summary Objective: To evaluate the levels of glycated hemoglobin (HbA1c) in patients heterozygous for hemoglobin variants and compare the results of this test with those of a control group. Method: This was an experimental study based on the comparison of HbA1c tests in two different populations, with a test group represented by individuals heterozygous for hemoglobin variants (AS and AC) and a control group consisting of people with electrophoretic profile AA. The two populations were required to meet the following inclusion criteria: Normal levels of fasting glucose, hemoglobin, urea and triglycerides, bilirubin > 20 mg/dL and non-use of acetylsalicylic acid. 50 heterozygous subjects and 50 controls were evaluated between August 2013 and May 2014. The comparison of HbA1c levels between heterozygous individuals and control subjects was performed based on standard deviation, mean and G-Test. Results: The study assessed a test group and a control group, both with 39 adults and 11 children. The mean among heterozygous adults for HbA1c was 5.0%, while the control group showed a rate of 5.74%. Heterozygous children presented mean HbA1c at 5.11%, while the controls were at 5.78%. G-Test yielded p=0.93 for children and p=0.89 for adults. Conclusion: Our study evaluated HbA1c using ion exchange chromatography resins, and the patients heterozygous for hemoglobin variants showed no significant difference from the control group.