OBJETIVO: esse estudo analisou a percepção de 80 profissionais de Odontologia e 80 indivíduos leigos, pacientes de consultórios particulares e da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Espírito Santo, quanto à presença de alterações no plano gengival. MÉTODOS: a fotografia de uma mulher jovem sorrindo foi digitalmente modificada, produzindo alterações simétricas na altura gengival dos incisivos centrais e incisivos laterais, tornando o plano gengival progressivamente ascendente. Foi solicitado que os indivíduos escolhessem a foto mais agradável e, depois disso, o entrevistador questionava o indivíduo para verificar se o mesmo sabia o que estava sendo alterado na sequência de fotos, ou seja, se identificava as alterações feitas no plano gengival. RESULTADOS: os resultados mostraram que houve uma prevalência significativa na seleção do plano gengival harmonioso no grupo de dentistas e de pacientes (p<0,001; p<0,05, respectivamente) e que não houve diferenças significativas entre as especialidades integrantes do grupo de dentistas (p=0,538), o que aconteceu no grupo de leigos (p=0,05), demonstrando maior percepção do grupo de pacientes de consultório. A identificação da alteração no plano gengival foi significativa no grupo de dentistas (p<0,001) sem diferenças significativas dentre as especialidades do grupo, e não foi significativa no grupo de leigos (p=0,100). Foi evidenciada também uma identificação do problema significativamente superior no grupo de dentistas em relação ao grupo de leigos (p<0,001). CONCLUSÃO: concluiu-se, portanto, que alterações simétricas acima de 2mm podem ser percebidas por dentistas e leigos, que não existem diferenças nessa percepção entre as especialidades odontológicas estudadas e que o grupo de pacientes de consultório foi significativamente mais perceptivo que os pacientes da UFES.
OBJECTIVE: This study investigated how 80 dental professionals and 80 lay persons, patients from private practice offices and from the School of Dentistry, Federal University of Espírito Santo (UFES), perceived the presence of changes in the gingival plane. METHODS: A photograph of a smiling young woman was digitally modified to produce symmetrical changes in the gingival height of the central incisors and lateral incisors, thereby causing the gingival plane to ascend progressively. Individuals were asked to choose the most pleasant looking picture and thereafter the interviewer questioned each individual to find out if they knew what was being changed in the sequence of pictures, i.e., whether or not they were able to identify changes in the gingival plane. RESULTS: The results showed a significant prevalence in the selection of a harmonious gingival plane in the group of dentists and patients (p<0.001, p<0.05, respectively). Furthermore, there were no significant differences between the specialties comprised in the group of dentists (p = 0.538), which was the case in the lay group (p = 0.05), showing a greater perception on the part of the group of dental office patients. Identification of changes in the gingival plane was significant in the group of dentists (p<0.001) without significant differences between group specialties. Neither was it significant in the lay group (p = 0.100). The results also highlight a significantly higher ability to identify problems in the group of dentists compared to the lay group (p<0.001). CONCLUSION: It was therefore concluded that symmetrical changes greater than 2 mm can be perceived by both dentists and lay people. Moreover, no differences were found in this perception among the dental specialties. Finally, the group of dental office patients was significantly more perceptive than UFES patients.