Resumo Introdução Evidências têm apontado que a preferência visual por cores em crianças com desenvolvimento atípico pode ser diferente, quando comparada à criança sem alterações do desenvolvimento. Embora esse dado representa um importante mediador sobre a trajetória do desenvolvimento, nenhum estudo caracterizou este perfil em recém-nascidos (RN). Objetivo Caracterizar a preferência visual por cores em RN termo nas primeiras horas de vida. Método Estudo transversal com 46 RN posicionados no colo das mães. Para a avaliação da preferência visual por cores foram apresentados seis cartões, sendo metade branca e a outra metade na cor cromática. A prevalência entre as cores foi testada pelo teste Qui-quadrado e considerou-se o nível de significância de 5%. Resultados 75% dos RN preferiram a cor azul (p=0,001) e apesar da frequência do olhar entre a cor verde e branca ser maior para a cor cromática, não foi detectado preferência entre esta análise (p=0,23). Os únicos cartões que as frequências foram maiores para a o branco foram os cartões com cores amarela e laranja e, ainda assim, não há preferência entre elas (p=0,05 e p=0,37, respectivamente). Conclusão Foi possível conhecer a preferência cromática pelo azul em RN já nas primeiras horas de vida. Considerando que os problemas detectados e ganhos visuais que acontecem ainda no período neonatal irão interferir no desenvolvimento para a vida adulta, sugere-se que uma avaliação da preferência visual por cores possa ser incorporada na rotina do terapeuta ocupacional da Unidade Neonatal, mesmo quando o público alvo for um RN com poucas horas de vida.
Abstract Introduction Evidence has indicated that the visual preference for color in children with atypical development may be different, when compared with child without developmental changes. Although this data represents an important mediator on the developmental trajectory, no study has characterized this profile in newborns (NB). Objective To characterize visual preference for color in full-term NB in the first hours of life. Method This is a cross-sectional study with 46 NBs. Six cards were presented to evaluate the visual chromatic preference, being half white and half in chromatic color. To compare the prevalence of color choice, the chi-square test was applied and the significance level of 5% was considered. Results It was found that 75% of the NBs preferred the color blue (p=0.001) and although the visual frequency between green and white color was higher for chromatic color, no preference was detected (p=0.23). The only cards that had visual frequency higher for white color were yellow and orange, but no preference between them (p=0.05 and p=0.37, respectively). Conclusion The chromatic preference for blue in NBs in the first hours of life was observed. Considering that visual problems and visual gains during neonatal period will interfere with development into adult life, it is suggested that an assessment of visual color preference can be incorporated into the routine of the Neonatal occupational therapist even the NB has few hours of life.