RESUMO A inovação tem sido considerada de fundamental importância para organizações que competem em ambientes dinâmicos. Verifica-se, assim, uma estreita relação entre as estratégias organizacionais e a prática da inovação. No que se refere à estratégia competitiva, sabe-se que ela pode tanto estimular quanto inibir tal prática. A estratégia de produção, por sua vez, deve estar alinhada à estratégia competitiva e ter um conteúdo (formado pelas prioridades competitivas e áreas de decisão) definido de forma que sustente a posição competitiva da organização. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo analisar como a inovação tecnológica (de produto e de processo) se insere no conteúdo da estratégia de produção de uma empresa produtora de alumínio da região de Sorocaba. Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, de natureza qualitativa, que utiliza o estudo de caso como método de procedimento. A empresa analisada na pesquisa está presente nos setores de metais, cimento, energia, siderurgia, celulose, agroindústria, finanças, além de investir em empresas em estágio inicial com alto potencial de crescimento. A unidade de negócios selecionada para o estudo de caso restringe sua produção a itens de alumínio, atuando nos segmentos de transporte, embalagem, eletricidade, construção civil e bens de consumo. Os resultados foram obtidos por meio de entrevistas e observações que tiveram como foco o setor de laminação da unidade em estudo. Entre as principais conclusões, verificou-se que, nesse caso, há uma maior ocorrência da inovação de processo do que da inovação de produto. Como prioridades competitivas, observou-se a ênfase nas prioridades flexibilidade e custo. A inovação não é vista na empresa como uma prioridade competitiva, no entanto constatou-se que ela ocorre muitas vezes como forma de melhor desenvolver as prioridades flexibilidade e custo. Enquanto algumas características referentes às áreas de decisão facilitam a prática da inovação, como é o caso da integração vertical, outras (principalmente organizacionais) poderiam ser mais bem desenvolvidas para suportar melhor a inovação.
ABSTRACT Innovation has been regarded as crucial for organizations competing in dynamic environments. There is a close relationship between organizational strategies and organizational innovation practice. Regarding the competitive strategy, it is known that this may either stimulate or inhibit the practice. The production strategy, in turn, must be aligned with the competitive strategy and have a defined content (formed by competitive priorities and decision areas) in order to support the organization’s competitive position. In this context, this paper aims to analyze how technological innovation (product and process) fits into the content of the production strategy of an aluminum company in Sorocaba, São Paulo, Brazil. This is a descriptive and exploratory research, with a qualitative nature, which uses the case study as a method. The company analyzed in this research operates in metal, cement, power, steel, pulp, agribusiness and finance industries, besides investing in early-stage companies having a high growth potential. The business unit selected for the case study restricts its production to aluminum items, operating in the industries of transport, packaging, electrical, construction, and consumer goods. Among the key findings, it follows that, in this case, there is a greater incidence of process innovation than product innovation. As competitive priorities, there was an emphasis on flexibility and cost priorities. Innovation is not seen by the company as a competitive priority, however it was noticed that it often occurs in order to provide a better development of the priorities flexibility and cost. While some features related to decision areas make the practice of innovation easier, such as vertical integration, others (mainly organizational) might be improved to provide innovation with a better support.
RESUMEN La innovación se ha considerado crucial para las organizaciones que compiten en entornos dinámicos. Percibe, pues, una estrecha relación entre las estrategias organizacionales y la práctica de innovación. Cuanto a la estrategia competitiva, se sabe que puede estimular o inhibir la práctica de innovación organizacional. La estrategia de producción, por su vez, debe estar alineada con la estrategia competitiva y tener su contenido (formado por las prioridades competitivas y áreas de decisión) definidos con la intención de mantener la posición competitiva de la organización. En este contexto, este trabajo tiene como objetivo analizar cómo la innovación tecnológica (producto y proceso) se inserta en el contenido de la estrategia de producción de una empresa productora de aluminio en Sorocaba. Se trata de una investigación descriptiva y exploratoria, de carácter cualitativo, mediante el estudio de caso como método de procedimiento. La empresa analizada en esta investigación actúa en los sectores de metal, cemento, energía, acero, celulosa, agroindustria, finanzas, además de invertir en empresas en fase inicial con alto potencial de crecimiento. La unidad de negocio seleccionada para el estudio de caso restringe su producción en artículos de aluminio para los sectores de trans-porte, embalaje, eléctrico, construcción y bienes de consumo. Los resultados se obtuvieron por medio de entrevistas y observaciones se han centrado en el sector de la planta de laminación. Entre las principales conclusiones, se desprende que en este caso hay una mayor incidencia de la innovación de procesos de innovación de productos. Como prioridades competitivas, se hizo énfasis en las prioridades de flexibilidad y costo. La innovación no es visto en la empresa como una de las prioridades competitivas, sin embargo se observó que a menudo se produce con el fin de desarrollar mejor las prioridades flexibilidad y el costo. Mientras que algunas de las características relacionadas con las áreas de toma facilitan la práctica de la innovación, tales como la integración vertical, otras (principalmente organizativas) mejor podrían ser desarrollados para apoyar mejor la innovación.