INTRODUÇÃO: Em idosos, a resiliência psicológica associa-se a depressão, saúde física, atividades da vida diária e saúde percebida. OBJETIVO: Descrever as relações entre funcionalidade, sintomatologia depressiva e cognição em grupos de idosos resilientes e não resilientes. MÉTODO: Estudo descritivo, com 59 pacientes do Ambulatório de Geriatria/HC-Unicamp, idade 69-91 anos. Instrumentos: escalas de atividades básicas e instrumentais da vida diária ABVD, AIVD, sintomas depressivos EDG, Miniexame do Estado Mental MEEM e escala de resiliência. Foram feitas medidas de frequência, posição e dispersão, comparações entre variáveis categóricas Qui-quadrado e Exato de Fisher e numéricas teste de Mann-Whitney, Krushal-Wallis, correlações entre variáveis e análise multivariada de regressão linear. RESULTADOS: Maioria mulheres 80,4%, 70-89 anos, renda ≤ 2 salários mínimos, 43,1% analfabetos, 57% apresentaram AIVD preservadas independência em seis ou sete itens; 43% não preservadas ajuda total ou parcial em ao menos dois itens; 31,4 % apresentaram sintomatologia depressiva sugestiva de depressão. Os mais resilientes >66 em 75 pontos apresentaram média de 5,2±2,1 AIVD, em relação aos menos resilientes 3,6±2,4; p=0,017. Os menos resilientes apresentaram média de 6,4±4,2 sintomas depressivos, os mais resilientes média de 2,6±2,6; p=0,001. Correlação negativa entre resiliência e sintomatologia depressiva r=-0,688; p<0,01. Idosos com frequência >5 sintomas depressivos tenderam a apresentar baixos escores em resiliência análise de regressão linear multivariada. CONCLUSÃO: A resiliência constitui importante fator de proteção para idosos ambulatoriais com relativo grau de dependência e evidência de sintomas depressivos.
INTRODUCTION: Among elderly, psychological resilience is associated with depression, physical health, daily living activities and self-perceived health. OBJECTIVE: To describe the relationships between functionality, depressive symptomatology and resilience between resilient and non resilient groups. METHOD: Descriptive study, 59 patients from the Geriatric Ambulatory/HC Unicamp, age 69-91 years. Instruments: scales of activities of daily living ADL, instrumental activities of daily living IADL, depressive symptoms GDS, Mini-Mental Exam MEEM and resilience. Measurements used were: frequency, position and dispersion, comparisons among categorical variables Chi-square and Fisher Exact, numerical variables Mann-Whitney, Krushal-Wallis, co-relations among variables and linear regression multivariate analysis. RESULTS: Mostly women 80.4%, 70-89 years, income ≤ 2 minimum wage, 43.1% illiterate, 57% showed preserved IADL independence in six or seven items, 43% not preserved partial or total help in at least 2 items, 31.4% showed depressive symptomatology suggestive of depression. The most resilient >66 within 75 scores showed average of 5.2±2.1 IADL, in relation to the least resilient 3.6±2.4; p=0.017. The least resilient showed average of 6.4±4.2 depressive symptoms, the most resilient showed average of 2.6±2.6;p=0.001. Negative co-relation between resilience and depressive symptomatology r=-0.688; p<0.01. Elderly with frequency >5 depressive symptons tended to show low scores in resilience linear regression multivariate analysis. CONCLUSION: Resilience is an important protector factor for elders assisted in ambulatory, with a relative degree of dependency and evidence of depressive symptoms.