FUNDAMENTOS: A distribuição das espécies de dermatófitos varia ao longo do tempo e de acordo com a região, refletindo as condições socioeconômicas da população OBJETIVOS: Estudar a Tinea Capitis quanto ao agente etiológico, ao sexo, à idade e ao grupo étnico dos doentes em João Pessoa, PB, Brasil e salientar a importância socioeconômica desses dados, comparando-os aos de regiões mais ricas do país. MÉTODOS: Foram avaliados o perfil e os exames micológicos direto e cultura de 82 pacientes com suspeita clínica de T. capitis em João Pessoa. RESULTADOS: A freqüência de T. capitis incluiu 64,6% das suspeitas clínicas. O dermatófito isolado com maior freqüência foi o T. rubrum (37,7%), seguido por T. tonsurans (28,3%), M. canis (24,5%), T. verrucosum (7,5%) e T. mentagrophytes (1,9%). Não houve predileção quanto ao sexo. A faixa etária mais acometida foi a de 0 a 10 anos, e 71,7% dos doentes são caucasóides. CONCLUSÃO: Comparando os resultados obtidos com publicações anteriores da Região Sudeste, os autores salientam as diferenças das variantes socioeconômicas na epidemiologia da doença.
BACKGROUND: The distribution of dermatophyte species varies according to time and place, and shows the social and economical conditions of the population. OBJECTIVE: This study was undertaken to determine the dermatophyte species in relation to the sex, age and race of patients with Tinea capitis in Paraiba state, Brazil. A comparison was established with disease data from the most affluent regions of Brazil. METHOD: We studied the mycological examinations and clinical variants of 82 patients with Tinea capitis in João Pessoa, Paraiba state. RESULTS: The frequency of Tinea capitis corresponded to 64.6% of clinical suspicion. T. Rubrum was the most frequently isolated dermatophyte (37.7%), followed by T. Tonsurans (28.3%), M. Canis (24.5%), T. Verrucosum (7.5%) and T. Mentagrophytes (1.9%). As for sex, no predilection was found. The highest incidence was in the 0 to 10-year-old age group. 71.7% of the patients were Caucasian. CONCLUSION: Comparing our results with previous publications from the Southeast region, the authors highlight the differences arising from social and economical variants in the disease epidemiology.