Valorizando a importância dos aspetos psicossociais da internação pediátrica, e procurando a criança “por detrás” do corpo doente, vários hospitais têm investido na humanização de espaços, rotinas e atmosfera, procurando promover ambientes acolhedores e atenuantes das experiências negativas vividas pela criança (e família) durante a internação. A par de uma tentativa de sistematização de alguns dos esforços realizados até a data em nível da definição do conceito de “humanização” – nomeadamente em contexto pediátrico –, reflete-se acerca das potencialidades de alguns programas existentes nesse contexto, nomeadamente aqueles que aliam a arte, a recreação, o lazer e o humor como meios privilegiados de comunicação e expressão. Entre estes, destaca-se a intervenção dos palhaços de hospital, como promotora da livre expressão da criança, da sua autonomia, criatividade, exploração e conhecimento do mundo e consequente desenvolvimento psicossocial.
In order to place value on the importance of psychosocial aspects of pediatric hospitalization, and to seek the child “behind” the sick body, many hospitals have been investing in humanizing their spaces, routines, and atmospheres aiming welcoming environments that will reduce the negative experiences of the children and their families during the hospital stay. In this paper, an attempt was made to systematize some of the efforts undertaken so far to define the concept of “humanization” specifically in the pediatric context. Reflections on the potential of some existing programs within this context are also provided, specifically those that combine art, recreation, leisure activities and humor as preferred means of communication and expression. Among these, interventions by hospital clowns are highlighted as promoters of free expression among children, along with autonomy, creativity, exploration, and knowledge of the world, with consequent psychosocial development.
Valorizando la importancia de los aspectos psicosociales de la internación pediátrica y buscando al niño “por detrás” del cuerpo enfermo, varios hospitales han invertido en la humanización de sus espacios, rutinas y atmósfera, promovendo ambientes acogedores y atenuadores de las experiencias negativas vividas por el niño durante la internación. En el presente artículo, juntamente con un intento de sistematización de esfuerzos hasta la fecha en el ámbito de la definición de “humanización”, principalmente en el contexto pediátrico, se reflexiona sobre las potencialidades de algunos programas existentes, principalmente aquellos que unen el arte, la recreación, el ocio y el humor como medios privilegiados de comunicación y de expresión. Entre ellos, los autores destacan la intervención de los payasos de hospital, como promotora de la libre expresión del niño, de su autonomía, creatividad, exploración y conocimiento del mundo y su desarrollo psicosocial.