OBJETIVO: Estimar a prevalência de escoliose idiopática e variáveis associadas em escolares do ensino público fundamental. MÉTODOS: Estudo de corte transversal em duas fases, sendo a primeira nas salas de aula, com teste de Adams. Os que apresentaram Adams positivo foram convidados para a segunda fase, que constou de entrevista para fatores associados e exames para escoliose. Aqueles com teste confirmado nessa fase foram radiografados para escoliose e outras alterações. Para cálculo de prevalência utilizou-se, como ponto de corte, curvas > 5 e > 10 graus Cobb. RESULTADOS: Na primeira fase contaram-se 382 escolares com teste Adams positivo; destes, 210 compareceram para a segunda fase, sendo 142 com o teste confirmado. Comparando-se as variáveis idade, sexo e cor da pele, pelo teste de Qui-quadrado, do grupo das perdas (n = 172) com aqueles que atenderam ao convite (n = 210), não observamos diferenças com significância estatística, permitindo a validade para a amostra estudada (n = 3.105). A prevalência estimada de escoliose foi de 5,3% para curvas > 5 graus Cobb, e de 2,2% para curvas > 10 graus Cobb. Curva torácica foi observada em 44,8%, Risser grau 1 em 97,4% e 13,2% de rotação vertebral grau I. Observou-se significância estatística (p < 0,05) na associação de escoliose com atividade física. CONCLUSÃO: A prevalência estimada da escoliose, em nosso estudo, é comparável com aquelas descritas na literatura, e o seu diagnóstico e acompanhamento são importantes na promoção da saúde e prevenção de distúrbios mais graves.
OBJECTIVE: To estimate the prevalence of idiopathic scoliosis and its associated factors in schoolchildren of elementary public schools. METHODS: Cross sectional two-phase study, the first of which in classrooms. Those considered Adams positive were invited for the second phase, which consisted of an interview for associated factors and a scoliosis exam. Those with a confirmed test in the second phase were submitted to x-rays for scoliosis and other factors. To estimate the prevalence, curves with > 5 and > 10 Cobb degrees were used as cut off. RESULTS: In the first phase, 382 students were counted as Adams positive; of these 210 came for the second phase, 142 of which with a confirmed test. Using a chi-square test to compare the variables age, sex and color of the lost group (n = 172) to the group that accepted the invitation (n = 210), no statistical significance was observed, allowing statistical inference for the sample studied (n = 3,105). The estimated prevalence of scoliosis in the sample studied was 5.3% for curves > 5 Cobb degrees and 2.2% for curves > 10 Cobb degrees. Thoracic curves were observed in 44.8%, Risser grade 1 in 97.4%, and vertebral rotation degree I in 3.2%. Statistical significance was observed (p < 0.05) for the association of scoliosis with: physical activity, hump, and flexibility of the spine to the right. CONCLUSION: The estimated prevalence of scoliosis in our study is comparable to those from other studies. However, its diagnosis and follow-up are important to health promotion and to the prevention of more severe disorders.