Objetivo: Realizar revisão sistemática de manuscritos que utilizaram a neuroimagem no estudo da dependência de jogos eletrônicos, a fim de identificar as principais regiões cerebrais alteradas. Métodos: Foram realizadas buscas nos seguintes bancos de dados: ScieELO, BVS, Lilacs, Science Direct On Line e PubMed. Não houve data mínima para a pesquisa, sendo considerados os artigos encontrados até julho de 2013. Os descritores utilizados para a presente revisão sistemática da literatura foram: “PET”, “SPECT”, “MRI”, “DTI”, “EEG”, “imaging”, “neuroimaging”, “spectroscopy”, “functional magnetic ressonance”, “structural magnetic ressonance”, “tractography”, “voxel” e “brain”, individualmente cruzados com os descritores “gaming” e “video game addiction”. Resultados: Dos 52 artigos encontrados, 16 foram selecionados: nove usaram fMRI, quatro usaram sRMI, um usou PET e dois usaram EEG. Em relação às alterações funcionais e estruturais, elas foram mais observadas no lobo frontal (córtex pré-frontal dorsolateral, córtex orbitofrontal, giro pré-frontal, giro frontal médio), parietal, temporal (giro para-hipocampal), núcleos da base, tálamo, ínsula e cerebelo. Conclusão: A despeito dos métodos utilizados, os estudos apontaram convergências quanto às reciprocidades cerebrais. Essas alterações neurais são semelhantes às observadas em pacientes dependentes de substâncias e de internet, especialmente durante o estado de fissura. Apesar de apenas recentemente pesquisas de neuroimagem em dependentes de jogos eletrônicos terem sido realizadas, contamos no momento com achados significativos alinhados à compreensão dos mecanismos neurais associados à dependência de jogos eletrônicos e respectiva inserção como categoria nosológica no âmbito psiquiátrico.
Objective: To perform a systematic review of manuscripts that used neuroimage to study the video game addiction in order to identify the main altered brain regions. Methods: Searches were realized in the following databases: ScieELO, BVS, Lilacs, Science Direct On Line and PubMed. There was no minimum date for the research, being considered articles founded until July 2013. The descriptors used for this systematic review were: “PET”, “SPECT”, “MRI”, “DTI”, “EEG”, “imaging”, “neuroimaging”, “spectroscopy”, “functional magnetic resonance”, “structural magnetic resonance”, “tractography”, “voxel” and “brain”, individually crossed with descriptors “gaming” and “video game addiction”. Results: Of the 52 articles founded, 16 were selected: nine used fMRI, four used sRMI, one used PET and two used EEG. In relation of the functional and structural changes, they were more often observed in the frontal lobe (dorsolateral prefrontal cortex, orbitofrontal cortex, prefrontal gyrus, middle frontal gyrus), parietal, temporal (parahippocampal gyrus), basal ganglia, thalamus, insula and cerebellum. Conclusion: Regardless the methods utilized, the studies pointed convergences regarding reciprocity brain. These neural changes are similar to those observed in patients with substance addiction and internet addiction, especially during craving. Although only recently neuroimaging researches on game addicts were realized, we count at the moment with significant findings aligned with the understanding of the neural mechanisms associated with video game addiction and its inclusion as a nosological category in psychiatric scope.