RESUMO: A associação de compostos naturais, isolados de plantas medicinais, com antibióticos convencionais, com mecanismos de ação semelhantes, torna-se uma estratégia alternativa e viável para superar o problema da resistência. Assim, nosso objetivo foi avaliar a atividade antimicrobiana in vitro de substâncias tânicas presentes na casca de Anacardium occidentale e Anadenanthera colubrina associadas à cefalexina, sobre amostras de Staphylococcus aureus. Avaliamos essa associação por meio da determinação da concentração mínima inibitória. Dessa forma, taninos e a cefalexina foram dissolvidos de forma seriada em água destilada em concentrações variando de 0,976 mg/mL a 500 mg/mL e 2 µg/mL a 512 µg/mL, respectivamente. Quando associados, inibiram o crescimento de S. aureus formando halos que variaram de 0,9 a 46 mm com concentração mínima inibitória de 7,8 mg/mL (taninos)/ 4 µg/mL (cefalexina). O efeito resultante da associação de substâncias, natural e sintética, com mecanismos de ação semelhantes, apresentou resultados superiores aos observados quando testados isoladamente. Podemos concluir que os taninos e a cefalexina tiveram sua ação antimicrobiana potencializada quando utilizados em associação, permitindo o uso de uma menor concentração, mantendo seu efeito antibacteriano sobre cepas de S. aureus.
ABSTRACT: The association of natural compounds isolated from medicinal plants with conventional antibiotics, both with similar mechanisms of action, have become a viable alternative strategy to overcome the problem of drug resistance. This study aimed to evaluate the in vitro antimicrobial activity of tannic substances present in the bark of Anacardium occidentale and Anadenanthera colubrina against samples of Staphylococcus aureus when in combination with cephalexin. These combinations were evaluated by determining the minimum inhibitory concentration (MIC). For this purpose, tannins and cephalexin were serially dissolved in distilled water at concentrations ranging from 0.976 mg/mL to 500 mg/mL and 2 mg/mL to 512 mg/mL, respectively. When combined, the compounds inhibited S. aureus growth forming halos ranging from 0.9 to 46 mm with an MIC of 7.8 mg/mL (tannins) and 4 µg/mL (cephalexin). The resulting effect of the combination of natural and synthetic substances with similar mechanisms of action presented better results than when tested alone. Thus, the conclusion is that both the tannins and cephalexin had their antimicrobial action enhanced when used in combination, enabling the use of lower concentrations while maintaining their antibacterial effect against strains of S. aureus.