RESUMO Analisamos a inserção da mulher na educação e na sociedade brasileira por meio de seu acesso e sua permanência em cursos de ensino industrial em uma instituição da rede federal no período de 1950 a 1970. Por meio da comparação e do cruzamento das fontes, questionamos a versão oficial sobre o início da participação do sexo feminino no conjunto do corpo discente, que teria ocorrido na década de 1970, quando a instituição já se denominava Escola Técnica Federal do Espírito Santo. Entretanto, operando metodologicamente com a intertextualidade de documentos e fotografias, de um lado, evidenciamos as tentativas de apagamento dos processos de exclusão do sexo feminino desse contexto histórico e, por outro, concluímos que o início da inserção feminina já ocorrera bem antes, ainda nos anos de 1950, quando a unidade de ensino ainda se nomeava Escola Técnica de Vitória.
ABSTRACT We analyzed the insertion of women in education and in Brazilian society, based on their access and permanence in industrial education courses at a federal institution in the period from 1950 to 1970. By comparing and crossing the sources, we question the version official about the beginning of female participation in the group of students that would have occurred in the 1970s when the institution was already called Federal Technical School of Espírito Santo. However, operating methodologically with the intertextuality of documents and photographs, on the one hand, we highlight attempts to erase the processes of exclusion of women in this historical context and, on the other hand, we conclude that the beginning of female insertion had occurred well before, even in the years 1950, when the teaching unit was still named Escola Técnica de Vitória.
RESUMEN Analizamos la inserción de las mujeres en la educación y en la sociedad brasileña, a partir de su acceso y permanencia en los cursos de educación industrial en una institución federal en el período de 1950 a 1970. Al comparar y cruzar las fuentes, cuestionamos la versión oficial sobre el inicio de la participación femenina en el grupo de estudiantes que habría ocurrido en la década de 1970 cuando la institución ya se llamaba Escola Técnica Federal do Espírito Santo. Sin embargo, operando metodológicamente con la intertextualidad de documentos y fotografías, por un lado, destacamos los intentos de borrar los procesos de exclusión de las mujeres en este contexto histórico y, por otro lado, concluimos que el inicio de la inserción femenina ya se había dado mucho antes, incluso en los años 1950, cuando la unidad didáctica todavía se llamaba Escola Técnica de Vitória.