RESUMO A desigualdade socioeconômica, ou o gradiente socioeconômico, é possivelmente um dos fenômenos mais estudados em saúde. O gradiente em saúde é evidente nas medidas objetivas e subjetivas em praticamente todos os países e é evidente ao nível do indivíduo e de população. Já não existe muito debate sobre a relação entre nível socioeconômico e saúde, mas as exatas vias causais continuam mal definidas. Defender uma firme política para reduzir ou eliminar o gradiente socioeconômico em saúde requer conhecer as vias causais, da intervenção ao resultado. Por não estarem convencidos de que existe um entendimento claro razoável das vias causais do gradiente socioeconômico em saúde, os economistas produziram um volume substancial de estudos que servem de base. O artigo aborda resumidamente os princípios teóricos para embasar o estudo das vias causais do gradiente em saúde e apresenta de forma concisa o panorama das evidências geradas pelos economistas. Por fim, se discute como as evidências econômicas atuais podem ser empregadas para ajudar os responsáveis pelas políticas a defender intervenções visando reduzir o gradiente socioeconômico nas doenças não transmissíveis.
ABSTRACT Socioeconomic inequality, or the socioeconomic status (SES) gradient, is arguably one of the most-studied phenomena in health. The gradient in health is apparent in objective and subjective measures, across virtually all countries, and is evident at individual and population levels. There is no longer much debate over the relationship between SES and health. However, exact causal pathways remain elusive. Advocating for strong policy to reduce or eliminate the SES-health gradient necessitates understanding the causal pathways, from intervention to outcome. While economists are not convinced that there is a clear enough understanding of the causal pathways of the SES-health gradient, they have produced a substantial body of work from which to move forward. The article briefly discusses the theoretical underpinnings used by economists as a basis for the study of the causal pathways for the health gradient. That presentation is followed by a concise overview of some of the evidence that economists have produced. The paper concludes with a discussion of how current economic evidence may be used to help policymakers advocate for interventions to limit the SES gradient in noncommunicable diseases.
RESUMEN La desigualdad socioeconómica, o el gradiente según la situación socioeconómica, es posiblemente uno de los fenómenos más estudiados en el campo de la salud. El gradiente de la salud es evidente en mediciones objetivas y subjetivas, en prácticamente todos los países y tanto a nivel individual como poblacional. Ya no se debate mucho la relación entre la situación socioeconómica y la salud. Sin embargo, las vías causales exactas siguen siendo difíciles de definir. A fin de promover políticas enérgicas que reduzcan o eliminen el gradiente socioeconómico de la salud, es necesario entender las vías causales, de la intervención al resultado. Si bien los economistas no están convencidos de que se conozcan suficientemente las vías causales del gradiente socioeconómico de la salud, han producido un volumen sustancial de trabajo a partir del cual avanzar. En este artículo se comentan brevemente los fundamentos teóricos usados por los economistas como base para estudiar las vías causales del gradiente de salud. Luego se brinda un panorama conciso de algunos de los datos científicos generados por los economistas. El artículo concluye con una discusión de cómo pueden usarse los datos científicos económicos actuales para ayudar a los responsables de formular políticas a proponer intervenciones que limiten el gradiente socioeconómico en materia de enfermedades no transmisibles.