OBJETIVOS: Descrever as orientações sobre amamentação fornecidas às gestantes e comparar sua freqüência durante o pré-natal de acordo com o modelo de atenção: Programa de Saúde da Família (PSF) ou Tradicional. MÉTODOS: Integrando a pesquisa de avaliação do PROESF/UFPEL (2005), estudou-se mulheres que tiveram filhos nos dois anos anteriores à entrevista, residentes na área de abrangência de 93 Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 17 municípios gaúchos com mais de 100.000 habitantes. Entre março e maio de 2005, 15 entrevistadores selecionados e capacitados coletaram informações em entrevistas domiciliares de 568 mulheres que fizeram o pré-natal na UBS de sua área de abrangência, através de questionários padronizados e pré-codificados. Na análise dos dados, utilizou-se o teste t para a comparação entre as médias e o teste do qui-quadrado para associação entre as proporções, considerando-se significativas as diferenças com valor p inferior a 0,05. Também foram calculadas as razões de prevalência (RP), com intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS: Todas as proporções de orientações sobre amamentação foram significativamente mais referidas por moradoras de áreas com PSF do que em moradoras de áreas de UBS tradicionais. Quando as orientações foram analisadas em um escore quantitativo, verificou-se que 18% das mães não receberam nenhuma orientação, 39% receberam pelo menos uma e 43% receberam todas as orientações investigadas e estas proporções foram significativamente diferentes de acordo com o tipo de UBS, em favor do PSF. CONCLUSÕES: Os serviços de atenção primária do PSF mostraram-se mais efetivos no fornecimento de informações sobre amamentação, o que constitui uma vantagem que deve ser incentivada, tanto com a expansão da estratégia, ampliando sua cobertura populacional, quanto recomendando que profissionais vinculados à atenção tradicional possam ser motivados a incluir em seus atendimentos de pré-natal o reforço às orientações preconizadas em aleitamento materno.
OBJECTIVES: to describe the breastfeeding orientation provided to pregnant women, and to compare its frequency during prenatal care in the PSF (Family Health Program) with the traditional health care model. METHODS: As part of the PROESF/UFPEL (2005) evaluation survey, this study investigated women who had delivered two years before the interview, living in the catchment area of 93 primary healthcare units (UBS) in 17 cities with more than 100,000 inhabitants, in Rio Grande do Sul, Brazil. Interviews were carried out with 568 women who received prenatal care in their UBS, between March and May 2005, by qualified interviewers, through standardized questionnaires. Analysis was performed using t-test for comparison of means, and the Chi-square test for proportions, considering a 5% significance level. Prevalence ratios were calculated, with 95% confidence intervals. RESULTS: Breastfeeding orientations were more frequent in areas with PSF model. About 18% of the mothers have not received any guidance, 39% received it at least once, and 43% received all the investigated orientations, and proportions were significantly different according to the type of UBS, with higher rates in the PSF. CONCLUSIONS: the PSF model was more effective in providing breastfeeding orientation. This advantage should be promoted, either as an expansion of the strategy, increasing coverage, or encouraging traditional UBS workers to provide breastfeeding orientation in prenatal care.