Resumo Indivíduos imunossuprimidos, a exemplo dos que fazem tratamento para o câncer, são mais suscetíveis a infecções fúngicas, como a candidíase oral, que podem afetar diretamente sua qualidade de vida e, consequentemente, seu processo de recuperação. Diante das limitações relacionadas às atuais opções terapêuticas, a descoberta de novos agentes antifúngicos, incluindo os de origem natural, é fundamental para o correto manejo dessas infecções. Este estudo investigou o perfil fitoquímico, a atividade antifúngica do óleo essencial e extrato etanólico bruto (EEB) obtidos de Eugenia luschnathiana sobre cepas referência e isoladas clínicas de Candida de pacientes sob tratamento oncológico e realizou a caracterização toxicológica. Para análise fitoquímica foram usados cromatografia gasosa acoplada ao espectrofotômetro de massas (CG-EM) e Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de 1H. A avaliação antifúngica foi conduzida para determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e da Concentração Fungicida Mínima (CFM); avaliação dos potenciais mecanismos de ação; avaliação da atividade sobre biofilme fúngico; determinação da letalidade para larvas de Artemia salina. A CG-EM identificou predominância de sesquiterpenos no óleo essencial, sendo (E)-Caryophyllene o composto majoritário. O espectro de RMN de 1H identificou compostos alifáticos, osídos e aromáticos no extrato etanólico bruto. O OE não apresentou atividade antifúngica. O EEB mostrou atividade fungicida, com CIM e CFM variando de 1,95 µg/mL a 3,90 µg/mL para cepas testadas, estes valores permaneceram inalterados na presença de ergosterol exógeno, com possível mecanismos de ação sobre estruturas que envolvem parede celular fúngica. Em baixa concentração (19.5 µg/mL), o EEB inibiu 62.78% do biofilme de Candida albicans. A CL50 do EEB para A. salina foi de 142,4 µg/mL. Observa-se, então, que o EEB possui atividade antifúngica muito forte, com ação provável sobre parede celular, efeito sobre biofilme e perfil de toxicidade compatível para realização de outras investigações. imunossuprimidos câncer fúngicas oral consequentemente recuperação terapêuticas antifúngicos natural fitoquímico (EEB toxicológica CGEM CG EM (CG-EM (RMN H (CIM (CFM) fúngico ECaryophyllene E Caryophyllene majoritário alifáticos fungicida 195 1 95 1,9 µgmL µg mL 390 3 90 3,9 testadas exógeno fúngica 19.5 19 5 (19. µg/mL, , µg/mL) 6278 62 78 62.78 albicans CL CL5 1424 142 4 142, Observase, Observase Observa se, se Observa-se então forte investigações (CFM 9 1, 39 3, 19. (19 627 6 7 62.7 14 (1 62. (
Abstract Immunosuppressed individuals, including those undergoing cancer treatment, are more vulnerable to fungal infections, such as oral candidiasis, impacting their quality of life. Given the limitations of current therapies, the discovery of new antifungal agents, including those of natural origin, is crucial for the proper managing of these infections. We investigated the phytochemical profile and antifungal activity of both the essential oil and crude ethanolic extract (CEE) obtained from Eugenia luschnathiana against reference strains and clinical isolates of Candida from oncology patients. Toxicological characterization was also conducted. Gas chromatography coupled to mass spectrometry (GC-MS) and 1H Nuclear Magnetic Resonance (NMR) were used for phytochemical analysis. Antifungal evaluation was conducted to determine the Minimum Inhibitory Concentration (MIC) and Minimum Fungicidal Concentration (MFC); evaluation of potential mechanisms of action; activity on a fungal biofilm; evaluation of the cytotoxic effect on human keratinocytes of the HaCat lineage by the MTT method; determination of lethality for Artemia salina larvae. GC-MS identified a predominance of sesquiterpenes in the essential oil, notably (E)-Caryophyllene. The 1H NMR spectrum identified aliphatic, osidic, and aromatic compounds in the crude ethanolic extract. The essential oil showed no antifungal activity. However, the CEE exhibited fungicidal activity, with MIC and MFC ranging from 1.95 µg/mL to 3.90 µg/mL. The antifungal effect was affected by sorbitol, indicating a possible mechanism targeting fungal cell wall structures. At low concentration (19.5 µg/mL), the CEE inhibited 62,78% of C. albicans biofilm. The CEE demonstrated a promising toxicity profile, with an LC50 of 142.4 µg/mL against Artemia salina. In conclusion, the CEE from Eugenia luschnathiana exhibited potent antifungal activity, likely through cell wall disruption, biofilm inhibition, and a favorable toxicity profile for further exploration. individuals treatment infections candidiasis life therapies agents origin (CEE patients GCMS GC MS (GC-MS H (NMR analysis (MIC (MFC) action method larvae ECaryophyllene. ECaryophyllene E Caryophyllene. Caryophyllene (E)-Caryophyllene aliphatic osidic However 195 1 95 1.9 µgmL µg mL 390 3 90 3.9 sorbitol structures 19.5 19 5 (19. µg/mL, , µg/mL) 6278 62 78 62,78 C LC LC5 1424 142 4 142. conclusion disruption inhibition exploration (MFC 9 1. 39 3. 19. (19 627 6 7 62,7 14 (1 62, (