RESUMO Objetivos: Estimar a prevalência de doenças cardiometabólicas e sua associação com polifarmácia em idosos da Universidade Aberta à Terceira Idade. Métodos: Estudo transversal, descritivo e analítico realizado com 121 idosos. A razão de prevalência e os testes Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher foram utilizados como medidas de associação. Resultados: Com 68,3 anos de idade em média, a maioria dos idosos possuía pelo menos uma doença cardiometabólica (82,6%), das quais a hipertensão era a mais prevalente (71,1%), e consumia fármacos prescritos de uso contínuo (92,6%). Quase metade deles (48,2%) usava combinações de fármacos, o que sugere risco cardiovascular elevado. A polifarmácia advinda da prescrição foi observada em quase um terço (28,6%) da amostra, associou-se ao uso de anti-hipertensivos (p=0,004), antidiabéticos (p=0,000) ou hipolipemiantes (p<0,000). Conclusões: As diretrizes clínicas recomendam mudanças de estilo de vida, mas na prática, prevalece o incremento da farmacoterapia, o que eleva o risco de eventos adversos, sobretudo na velhice.
ABSTRACT Objectives: To estimate the prevalence of cardiometabolic diseases and their association with polypharmacy in elderly people at the University of the Third Age (Portuguese acronym: UnATI). Methods: A cross-sectional, descriptive, analytical study with 121 elderly patients. The prevalence ratio, Pearson’s Chi-square test and Fisher’s exact test were used as measures of association. Results: At the mean age of 68.3, most elderly had at least one cardiometabolic disease (82.6%), of which hypertension was the most prevalent (71.1%), and consumed prescription drugs of continuous use (92.6%). Almost half of the elderly (48.2%) used combinations of drugs, which suggests a high cardiovascular risk. Polypharmacy due to prescription was observed in almost one-third (28.6%) of the sample, associated with the use of antihypertensives (p=0.004), antidiabetics (p=0.000) or lipid-lowering agents (p<0.000). Conclusions: Clinical guidelines recommend changes in lifestyle, but increased pharmacotherapy prevails in practice, which increases the risk of adverse events, especially in old age.
RESUMEN Objetivos: Estimar la prevalencia de enfermedades cardiometabólicas y su asociación con la polimedicación en ancianos de la Universidad de la Tercera Edad. Métodos: Estudio transversal, descriptivo y analítico realizado con 121 ancianos. Como medidas de asociación se utilizaron la razón de prevalencia y las pruebas chi-cuadrado de Pearson y exacta de Fisher. Resultados: Con 68,3 años de edad en promedio, la mayoría de los ancianos poseía por lo menos una enfermedad cardiometabólica (82,6%), de las cuales la hipertensión era la más prevalente (71,1%) y consumía medicación prescrita de uso continuo (92,6%). Casi la mitad de ellos (48,2%) usaba combinaciones de fármacos, lo que sugiere un alto riesgo cardiovascular. La polimedicación proveniente de la prescripción fue observada en casi un tercio (28,6%) de la muestra, se asoció al uso de antihipertensivos (p=0,004), antidiabéticos (p=0,000) o hipolipemiantes (p<0,000). Conclusiones: Las directrices clínicas recomiendan cambios de estilo de vida, pero en la práctica, prevalece el incremento de la farmacoterapia, lo que eleva el riesgo de eventos adversos, sobre todo en la vejez.