Resumo Neste estudo, realizado com 1.014 estudantes do ensino superior português, procurou-se reanalisar o Conceptions of Learning Inventory (COLI), instrumento que avalia as concepções dos estudantes sobre o que é aprender. Recorrendo à metodologia idêntica à do estudo de adaptação para a população portuguesa os resultados indicaram uma estrutura diferente da encontrada no estudo original uma vez que não se identificaram as concepções de aprender como dever nem como processo não limitado pelo tempo ou contexto. A concepção de aprendizagem, memorizar, usar e compreender originou dois factores que passam a ser designados como recordar informação e compreender e usar e aplicar a informação. A análise tendo em conta as variáveis (instituição, área científica, ano de frequência e género) mostra-nos que existem diferenças estatisticamente significativas quando consideradas as instituições, a área científica dos cursos e o género mas não quando se considera o ano de frequência, o que vai de encontro a alguns estudos que consideraram que as concepções de aprendizagem não têm necessariamente uma hierarquia desenvolvimental.
Abstract This study was conducted with 1,014 higher education Portuguese students. We intend to reanalyze the Conceptions of Learning Inventory (COLI) to assess the students’ conceptions of learning. Using the same methodology as the adaptation study for the Portuguese population the results indicated a different structure in comparison to the one found in the original. We didn’t find the conception of learning as a duty or as process not limited by time or context. The conception of learning as remembering, using and understanding information was distributed by two factors, which are now designated remembering information and understand, use and apply the information. The analysis taking into account the variables (institution, scientific field, year of attendance and gender) showed that there are statistically significant differences when considering the institutions, the scientific area and the gender but not when considering the year of attendance, which goes against some studies that stated that the learning concepts do not necessarily have a developmental hierarchy.
Resumen Este estudio, realizado con 1.014 estudiantes portugueses de educación superior intentó reanalizar el Inventario de Concepciones de Aprendizaje (COLI) instrumento que evalúa las concepciones de los estudiantes sobre lo que es aprender. Recurriendo la metodología idéntica a la del estudio de adaptación para la población portuguesa los resultados indicaron una estructura diferente a la encontrada en el estudio original, ya que no identificó las concepciones de aprendizaje como deber y no como proceso limitado por el tiempo o el contexto. La concepción de aprender a memorizar, utilizar y comprender se distribuye en dos factores que ahora denominamos recuperar y comprender información y utilizar y aplicar la información. El análisis teniendo en cuenta las variables (institución, área científica, año de asistencia y género) muestra que existen diferencias estadísticamente significativas cuando se consideran las instituciones, el área científica de los cursos y el género, pero no cuando se tiene en cuenta el año de asistencia, tal como en algunos estudios que consideran que las concepciones de aprendizaje no tienen necesariamente una jerarquía en el desarrollo.