Resumo O objetivo deste artigo foi mensurar o fluxo de caixa sob risco (CFaR) de companhias não financeiras do mercado de capitais brasileiro e compará-lo ao patrimônio líquido, avaliando o risco de insolvência. Diferentemente de bancos e seguradoras, que possuem fortes exigências de capital, a regulação atual de instituições não financeiras no Brasil não prevê o cálculo nem a manutenção de um patrimônio líquido mínimo. Este estudo preenche uma lacuna da literatura ao relacionar o CFaR com o Patrimônio Líquido das entidades, fornecendo uma medida de risco de insolvência. Monitorar o risco de insolvência (i.e., possibilidade de o patrimônio líquido tornar-se negativo) é vital para qualquer entidade, independentemente do setor de atuação, mercado ou porte. Os resultados da mensuração do CFaR mostram que empresas de diversos setores econômicos podem estar expostas à insuficiência de recursos em caso de problemas operacionais. Espera-se fornecer subsídios a órgãos reguladores de diversos setores, para avaliarem as exigências de capital mínimo. O CFaR foi medido utilizando o Ebit e o Ebitda (trimestrais e anuais). O painel foi composto por 186 empresas listadas na B³, entre 2010-2022, totalizando 4.897 empresas-trimestres. Segregaram-se as empresas em oito subgrupos, baseados em suas características. Como resultado, descobriu-se que as companhias abertas não financeiras do mercado brasileiro podem estar com baixa capitalização, pois 18% das 169 entidades que atualmente possuem patrimônio líquido positivo passariam a tê-lo negativo ao nível de risco de 1%. Também foram reestimados os CFaR durante a pandemia, não apresentando padrão distinto em relação aos demais períodos. (CFaR comparálo compará lo seguradoras mínimo i.e., ie i (i.e. tornarse tornar se entidade atuação porte operacionais Esperase Espera trimestrais anuais. anuais . anuais) 18 B³ B 20102022, 20102022 2010 2022, 2022 2010-2022 4897 4 897 4.89 empresastrimestres. empresastrimestres trimestres. trimestres empresas-trimestres Segregaramse Segregaram subgrupos características resultado descobriuse descobriu capitalização 16 têlo tê 1 1% pandemia períodos i.e. (i.e 2010202 201 202 2010-202 489 89 4.8 i.e 201020 20 2010-20 48 8 4. 20102 2 2010-2 2010-
Abstract The objective of this article was to measure the cash flow at risk (CFaR) of non-financial companies in the Brazilian capital market and compare it to shareholders’ equity in order to assess the risk of insolvency. Unlike banks and insurance companies, which have strong capital requirements, the current regulation of non-financial institutions in Brazil does not provide for the calculation or maintenance of a minimum shareholders’ equity. This study fills a gap in the literature by relating CFaR to the shareholders’ equity of entities, providing a measure of insolvency risk. Monitoring insolvency risk (i.e., the possibility of negative shareholders’ equity) is critical for any entity, regardless of its industry, market, or size. The results of the CFaR measurement show that companies in different sectors can be exposed to insufficient resources in the event of operational problems. It is hoped that this will help regulators in different sectors to assess minimum capital requirements. CFaR was measured using Ebit and Ebitda (quarterly and annual). The panel consisted of 186 companies listed on the B³ between 2010 and 2022, totaling 4,897 company-quarters. The companies were divided into eight subgroups based on their characteristics. The results showed that non-financial listed companies in the Brazilian market may be undercapitalized, as 18% of the 169 entities that currently have positive shareholders’ equity would become negative at a 1% risk level. CFaRs were also re-estimated during the pandemic and did not show a clear pattern compared to other periods. (CFaR nonfinancial non financial shareholders requirements i.e., ie i e (i.e. entity industry size problems quarterly annual. annual . annual) 18 B 201 2022 4897 4 897 4,89 companyquarters. companyquarters company quarters. quarters company-quarters characteristics undercapitalized 16 1 level reestimated re estimated periods i.e. (i.e 20 202 489 89 4,8 i.e 2 48 8 4,