INTRODUÇÃO: Assimetrias na capacidade de produção de força entre músculos dos membros inferiores e fadiga muscular podem favorecer a ocorrência de lesões em atletas de futebol. Considerando-se que existem diferenças individuais determinadas pelas diversas funções exercidas pelos jogadores, é possível que a presença de assimetrias de força e fadiga muscular esteja relacionada ao posicionamento em campo. OBJETIVOS: 1) Investigar diferenças na assimetria de pico de torque (PT), na assimetria de trabalho (T) e no índice de fadiga (IF) dos extensores e flexores do joelho de atletas profissionais de futebol de acordo com a posição em campo; e 2) Determinar se o IF dos flexores é superior ao dos extensores. MÉTODOS: Foram analisadas avaliações isocinéticas de 164 atletas profissionais de futebol (atacantes, zagueiros, laterais, meio-campistas e goleiros). O protocolo para avaliação da força concêntrica dos extensores e flexores do joelho consistiu em cinco repetições a 60°/s e 30 repetições a 300°/s. O teste de Kruskall-Wallis foi utilizado para verificar diferenças na assimetria de PT, assimetria de T e IF dos extensores e flexores do joelho entre jogadores de diferentes posicionamentos. O teste de Wilcoxon foi realizado para verificar se havia diferença entre o IF dos extensores e flexores. RESULTADOS: Não houve diferença entre os jogadores dos cinco posicionamentos para as assimetrias de PT e T, bem como para o IF dos extensores e flexores (p > 0,05). O IF flexor foi superior ao extensor em ambos os membros inferiores (p < 0,01). CONCLUSÃO: Variáveis isocinéticas comumente associadas a lesões não foram diferentes entre jogadores de diferentes posicionamentos. Os atletas apresentaram o IF flexor superior ao extensor, o que pode estar relacionado à maior frequência de estiramentos dos isquiossurais em comparação ao quadríceps.
INTRODUCTION: Strength asymmetry among the muscles of the lower limbs and muscle fatigue may predispose soccer players to injuries. Regarding the individual differences determined by diverse roles performed by players, it is possible that the presence of asymmetries of muscle strength and fatigue is related to playing position. OBJECTIVES: 1) To investigate differences in asymmetry of peak torque (PT), work asymmetry (W) and fatigue index (FI) of knee extensors and flexors of professional soccer players according to their positioning in field; 2) To determine if FI of knee flexors is higher than those of knee extensors. METHODS: Data from isokinetic assessment of 164 professional soccer players (forwards, fullbacks, wingers, midfielders and goalkeepers) were analyzed. The protocol of evaluation of concentric strength of knee extensors and flexors consisted of five repetitions at 60°/s and 30 repetitions at 300°/s. Kruskall-Wallis test was carried out to verify differences in PT asymmetry, W asymmetry and FI of knee extensors and flexors among players of different positions. The Wilcoxon test was performed to verify if there is difference between FI of knee extensors and flexors. RESULTS: There was no difference among playing positions for asymmetries of PT and W, as well as for FI of knee extensors and flexors (p > 0.05). The FI of knee flexors was higher than FI of knee extensors in both lower limbs (p < 0.01). CONCLUSION: Isokinetic variables, commonly associated with injuries, were not different among players of different positions. The athletes had flexor FI higher than extensor FI, which can be related to greater frequency of strain injury of hamstrings in comparison to quadriceps.
INTRODUCCIÓN: Asimetrías en la capacidad de producción de fuerza entre músculos de los miembros inferiores y la fatiga muscular pueden favorecer la ocurrencia de lesiones en atletas de fútbol. Considerándose que existen diferencias individuales, determinadas por las diversas funciones desempeñadas por los jugadores, es posible que la presencia de asimetrías de fuerza y fatiga muscular esté relacionada con el posicionamiento en campo. OBJETIVOS: 1) Investigar diferencias en la asimetría de pico de torsión (PT), en la asimetría de trabajo (T) y en el índice de fatiga (IF) de los extensores y flexores de las rodillas de atletas profesionales de fútbol, de acuerdo con la respectiva posición en campo; y 2) Determinar si el IF de los flexores es superior al de los extensores. MÉTODOS: Se analizaron evaluaciones de 164 atletas profesionales de fútbol (delanteros, zagueros, laterales, mediocampistas y arqueros). El protocolo, para evaluación de la fuerza concéntrica de los extensores y flexores de las rodillas, consistió en cinco repeticiones a 60°/s y 30 repeticiones a 300°/s. La prueba de Kruskall-Wallis fue utilizada para verificar diferencias en la asimetría de PT, asimetría de T e IF de los extensores y flexores de rodillas entre jugadores de diferentes posicionamientos. La prueba de Wilcoxon fue realizada para verificar si había diferencia entre el IF de los extensores y flexores. RESULTADOS: No hubieron diferencias entre los jugadores de las cinco posiciones cuanto a las asimetrías de PT y T, así como para el IF de los extensores y flexores (p > 0,05). El IF del flexor fue superior al del extensor en ambos miembros inferiores (p < 0,01). CONCLUSIÓN: Las variables isocinéticas, comúnmente vinculadas a lesiones, no fueron diferentes entre jugadores en diversas posiciones. Los atletas presentaron el IF de flexor superior al del extensor, lo que puede estar relacionado con más frecuencia de estiramientos de los isquiosurales en comparación con el cuádriceps.