OBJETIVO: Avaliar o efeito da suplementação dos ácidos graxos ômega 3 em atletas de natação sobre indicadores bioquímicos. MÉTODOS: Nadadores de elite (n = 14) do sexo masculino foram avaliados em estudo randomizado, controlado por placebo pelo período de seis semanas (45 dias). O grupo placebo (GP) recebeu óleo mineral (n = 6) e o grupo suplementado (n = 8), óleo de peixe (GOP) contendo, no total, 950mg de ácido eicosapentaenóico e 500mg de ácido docosapentaenóico. Amostras de sangue foram coletadas imediatamente antes (T0), aos 15 (T15), aos 30 (T30) e aos 45 (T45) dias de suplementação para análise da composição dos ácidos graxos por cromatografia gasosa e para quantificação das lipoproteínas plasmáticas através de kits comerciais específicos. RESULTADOS: Os resultados revelaram um desajuste na dieta dos atletas considerando a ingestão g/kg de massa corporal dos macronutrientes. A análise do questionário de freqüência de consumo mostrou que os atletas não ingeriram regularmente fontes alimentares de ômega 3 e que o consumo de peixes, em 85% da amostra, era inferior ou igual a uma vez na semana. O perfil de ácidos graxos plasmáticos evidenciou aumento dos ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 (P < 0,05) e redução do ácido araquidônico no grupo suplementado (P < 0,05). A suplementação com óleo de peixe ocasionou efeito hipocolesterolêmico, com redução nos teores sanguíneos de VLDL, LDL e colesterol total. Os valores de HDL não apresentaram diferenças significativas entre os grupos em nenhum momento estudado (P > 0,05). CONCLUSÃO: A suplementação de ácidos graxos N-3 em atletas nadadores altera os indicadores bioquímicos do metabolismo lipídico, influenciando na redução das lipoproteínas plasmáticas, ricas em colesterol e na prevenção de doenças cardiovasculares.
PURPOSE: To assess the effects of omega 3 fatty acid supplementation to swimmers on biochemical indicators. METHODS: Male elite swimmers (n = 14) were assessed in a placebo-controlled randomized study over a 6-week (45-day) experimental period. The placebo group (GP) received mineral oil (n = 6) and the supplemented group (GOP) received fish oil (n = 8) containing a total of 950 mg of eicosapentaenoic acid and 500 mg of docosapentaenoic acid. Immediately before starting the supplementation (T0), as well as 15 (T15), 30 (T30) and 45 (T45) days after that point, blood samples were collected and analyzed by gas chromatography for fatty acids composition, and by specific commercial kits for plasmatic lipoproteins. RESULTS: The results showed that the diets of the swimmers were unbalanced regarding the macronutrient ingestion/body weight ratio (g/kg). The analysis of the consumption frequency questionnaire showed that (1) the swimmers have not regularly ingested omega 3 dietary sources and (2) the fish consumption was below once a week for 85% of the sample. The plasmatic fatty acids profile presented an increase in omega 3 polyunsaturated fatty acids (p < 0.05) and decrease in arachidonic fatty acid in the supplemented group (p < 0.05). The fish oil supplementation led to a hypocholesterolemic effect, with a decrease in VLDL, LDL and total cholesterol blood levels. The HDL levels presented no significant differences between the groups in any moment of the study (p > 0.05). CONCLUSION: N-3 fatty acids supplementation to swimmers alters the biochemical indicators of the lipid metabolism, with an influence in the decrease of the cholesterol-rich plasmatic lipoproteins, so preventing cardiovascular diseases.
OBJETIVO: Evaluar el efecto suplementar de los ácidos grasos omega 3 en atletas de natación sobre indicadores bioquímicos. MÉTODOS: Nadadores de elite (n = 14) del sexo masculino fueron evaluados en estudio aleatorio, controlado por placebo por un período de 6 semanas (45 días). El grupo placebo (GP) recibió aceite mineral (n = 6) y el grupo suplementado (n = 8) recibió aceite de pescado (GOP) conteniendo en total 950 mg de ácido eicosapentaenóico y 500 mg de ácido docosapentaenóico. Muestras de sangre fueron colectadas inmediatamente antes (T0), a los quince (T15), a los treinta (T30) y a los cuarenta y cinco (T45) días de suplementación para análisis de la composición de los ácidos grasos por cromatografía gaseosa y para cuantificación de las lipoproteínas plasmáticas a través de kits comerciales específicos. RESULTADOS: Los resultados revelaron un desajuste en la dieta de los atletas considerando la ingestión g/kg de masa corporal de los macro nutrientes. El análisis del cuestionario de frecuencia de consumo mostró que los atletas no ingirieron regularmente fuentes alimentares de omega 3 y que el consumo de pescado, en 85% de la muestra, era inferior o igual a 1 vez por semana. El perfil de ácidos grasos plasmáticos mostró un aumento de los ácidos grasos poliinsaturados omega 3 (P < 0,05) y reducción del ácido araquidónico en el grupo suplementado (P < 0,05). La suplementación con aceite de pescado ocasionó efecto hipocolesterolémico, con reducción en los grados sanguíneos de VLDL, LDL y colesterol total. Los valores de HDL no presentaron diferencias significativas entre los grupos en ningún momento estudiado (P > 0,05). CONCLUSIÓN: La suplementación de ácidos grasos N-3 en atletas de natación altera los indicadores bioquímicos del metabolismo lipídico, influyendo en la reducción de las lipoproteínas plasmáticas, ricas en colesterol y en la prevención de enfermedades cardiovasculares.