Objetivo em meio à maior crise sanitária da história, deflagrada pela pandemia de COVID-19, o objetivo deste estudo documental foi compreender os sentidos atribuídos ao fenômeno da supressão de rituais fúnebres por pessoas que amargaram perdas de entes queridos, nesse contexto. Método com amparo da teoria do luto, foi constituído o corpus de pesquisa a partir de documentos publicados na mídia digital, contendo escritos pessoais e relatos de experiências abertos ao público. A análise temática indutiva dos textos foi realizada por dois pesquisadores com expertise. Resultados a experiência compartilhada nos depoimentos repercute o padecimento pela morte repentina de pessoa significativa, ampliado pela ausência ou truncamento de rituais familiares de despedida após o óbito. A supressão ou abreviação de rituais fúnebres é vivida como uma experiência traumática, pois familiares se veem impedidos de cumprirem suas últimas homenagens ao ente que se foi subitamente, gerando sentimentos de incredulidade e indignação. Conclusão é preciso criar alternativas e reinventar maneiras de celebrar os rituais de passagem em situações emergenciais de forte comoção social como uma pandemia, de modo a oferecer amparo e conforto aos familiares, amigos e parentes. Isso auxilia os sobreviventes a superarem o momento crítico, reduzindo o risco de desenvolvimento do luto complicado.
Objective amidst the greatest health crisis in history triggered by COVID-19, this documental study was intended to understand the meanings individuals who have lost loved ones in this context assign to the phenomenon of suppressed funeral rituals. Method based on the theory of grief, the corpus of this study was composed of documents published in digital media containing personal writings and reports of experiences freely and easily available to the public. Two researchers with expertise in the field used inductive thematic analysis to interpret data. Results the experiences shared in the reports reflect the suffering experienced by the sudden death of a significant person, which is amplified by the absence or impediment to performing familial farewell rituals. The suppression or abbreviation of funeral rituals is a traumatic experience because family members are prevented from fulfilling their last homage to the loved one who has suddenly passed away, causing feelings of disbelief and indignation. Conclusion alternatives and new ways to celebrate passage rituals in emergencies of strong social commotion such as a pandemic are needed to provide support and comfort to family members, friends, and relatives. These rituals help survivors to overcome the critical moment, decreasing the risk of developing complicated grief.
Objetivo en medio a la mayor crisis sanitaria de la historia, deflagrada por la pandemia de COVID-19, este estudio documental tuvo por objetivo comprender los sentidos atribuidos al fenómeno de la supresión de rituales fúnebres por personas que sufrieron pérdidas de seres queridos en ese contexto. Método amparado en la teoría del luto, fue constituido el corpus de investigación a partir de documentos publicados en los medios de comunicación digital, conteniendo escritos personales y relatos de experiencias abiertas al público. El análisis temático inductivo de los textos fue realizado por dos investigadores con pericia. Resultados la experiencia compartida en las declaraciones repercute el padecimiento por la muerte repentina de persona significativa, ampliado por la ausencia o truncamiento de rituales familiares de despedida después de la muerte. La supresión o abreviación de rituales fúnebres es vivida como una experiencia traumática, ya que los familiares se encuentran impedidos de cumplir las últimas homenajes al ser que se fue súbitamente, generando sentimientos de incredulidad e indignación. Conclusión es necesario crear alternativas y reinventar maneras de celebrar los rituales de pasaje en situaciones de emergencia de fuerte conmoción social como una pandemia, de modo a ofrecer amparo y confort a los familiares, amigos y parientes. Esto auxilia a los supervivientes a superar el momento crítico, reduciendo el riesgo de desarrollar un luto complicado.