No período de janeiro a dezembro de 1998 , foram operados 10 pacientes portadores de dissecção aguda da aorta (DA Ao) 4 do tipo A e 6 do tipo B. O sexo masculino predominou e a idade dos pacientes variou de 34 a 78 anos. Em todos foram realizadas aortoscopias usando hipotermia profunda com parada circulatória total. Usou-se um gastroscópio, obtendo visão do lume da Ao, sendo que todos os pacientes tinham menos que 15 dias da doença. No tipo A, havia re-entrada abaixo da subclávia esquerda em 2 pacientes e, nos outros 2, na bifurcação das ilíacas. No tipo B, havia re-entrada ao nível das renais em 2 pacientes e, ao nível da bifurcação da Ao e das ilíacas, em 4. Em 2 pacientes do tipo A, a aortoscopia orientou na colocação de uma "Tromba de Elefante" como complemento. Nos outros 2, orientou na inversão do sentido da linha arterial. No tipo B, orientou na perfeita colocação da "Tromba de Elefante" e, em 4 pacientes, utilizamos a aortoscopia como complemento diagnóstico. O tempo utilizado na aortoscopia não alterou a morbimortalidade. Podemos concluir que a aortoscopia é um método de diagnóstico rápido, com boa definição das alterações anatômicas da Ao, permitindo um tratamento efetivo. Nos casos agudos instáveis podemos dispensar alguns exames pré-operatórios para não retardarmos a operação. O diagnóstico da re-entrada nos seguimentos inferiores da Ao ajuda a evitar a dissecção retrógrada. Acreditamos que a aortoscopia poderá, no futuro, ser de grande ajuda no diagnóstico e tratamento das DA Ao, bem como de outras lesões da Ao.
From January to December 1998, ten patients with dissecting aneurysms of the Aorta (ADA Ao) were operated on, 4 type A and 6 type B. Males predominated and ages ranged from 34 to 78 years. In all of them aortoscopy was performed with deep hypothermia and circulatory arrest. A gastroscope was used with visualization of the aortic lumen and all patients had less than 15 days of disease. In type A group, there was re-entrance below the left subclavian artery in 2 patients and on the iliac bifurcation in the other 2. In the type B group, there was re-entrance at the renal arteries level in 2 patients and at the aorta bifurcation level of the iliac in 4 patients. The aortoscopy guided us in implanting an elephant trunk supplement in two patients in group type A. In the other 2, it guided us in the inversion of arterial line direction. It directed us in the correct elephant trunk placement in the type B group. In 4 patients we used the aortoscopy as a diagnostic complement. The time spent with the aortoscopy did not alter morbidity concluding that aortoscopy is a rapid diagnostic method with good definition of anatomic changes of the aorta, leading to an efficient treatment. In acute unstable cases we can dispense with some diagnostic scans that could delay surgery, once the re-entrance is on the end of the aortoscopy helps avoid retrograde dissection. We belive that aortoscopy can, in the future, be of great value in the diagnosis and treatment of A D A Ao, as well as in other aortic diseases.