Resumo O objetivo deste artigo é estimar a prevalência de acesso e uso dos serviços de Fonoaudiologia e identificar as variáveis associadas ao acesso. Estudo transversal de base populacional. A amostra foi composta de indivíduos adultos residentes em Porto Alegre/RS. Os dados foram coletados a partir de um instrumento construído com domínios de questionários de pesquisas nacionais, com um módulo sobre Fonoaudiologia. O desfecho estudado foi o acesso ao fonoaudiólogo. Regressão de Poisson com variância robusta foi utilizada para cálculo de Razões de Prevalência com intervalos de confiança de 95%. Aceitaram participar deste estudo 214 pessoas, das quais 67,3% (n = 144) eram do sexo feminino. A média de idade foi de 54,28 (±18,83) anos. Referiram necessidade de consulta fonoaudiológica 56 (26,2%) pessoas. Todos os 56 indivíduos conseguiram realizar atendimento fonoaudiológico, dos quais 69,4% (n = 39) em consultório particular e 19,6% (n = 11) em consultório conveniado ao plano de saúde. No modelo final, maior prevalência de acesso foi associada ao sexo feminino (RP = 1,09; IC95% 1,01-1,18) e possuir alguma deficiência (RP = 1,09; IC95% 1,03-1,17). O acesso ao fonoaudiólogo é mais frequente de forma privada. Observa-se que as mulheres e deficientes possuem maior prevalência de acesso ao fonoaudiólogo.
Abstract To estimate the prevalence of access and use of speech-language therapy services and identify the variables associated with access. Cross-sectional population-based study. The sample consisted of adult individuals living in Porto Alegre, southern Brazil. The data were collected using an instrument constructed with domains of national research questionnaires, with a module on speech-language therapy. The outcome was the access to a speech-language therapist. Poisson regression with robust variance was used to calculate Prevalence Ratios with 95% confidence intervals. A total of 214 people participated in the study, of which 67.3% (n = 144) were female. The mean age was 54.28 (SD±18.83) years. Fifty-six (26.2%) people mentioned the need for speech-language therapy consultation. All 56 subjects were able to perform speech-language therapy, of which 69.4% (n = 39) in private practice and 19.6% (n=11) used healthcare insurance plans at partnering providers. In the final model, the highest prevalence of access was associated with female (PR=1.09,95%CI1.01-1.18) and had some deficiency (PR = 1.09,95%CI1.03-1.17). Access to a speech-language therapist is more frequent in private services. It is observed that women and the disabled individuals have a higher prevalence of access to speech-language therapist.