OBJETIVOS: As unidades de terapia intensiva surgiram a partir da necessidade de aperfeiçoamento e concentração de recursos materiais e humanos para o atendimento a pacientes graves, e da necessidade de observação constante e assistência contínua. Entretanto, o paciente internado na unidade de terapia intensiva necessita de cuidados de excelência, dirigidos não apenas aos problemas fisiopatológicos, mas também para as questões psicossociais, que se tornam intimamente interligadas à doença física. Neste local tão exigente quanto à competência da equipe multiprofissional, a presença do fisioterapeuta tem sido cada vez mais freqüente. Este estudo teve por objetivo constatar se a conduta profissional do fisioterapeuta experimentada na unidade de terapia intensiva é humanizada. MÉTODO: Foi elaborado um questionário para avaliação da humanização da assistência de fisioterapia e incluídos pacientes maiores de 18 anos, lúcidos e que estiveram internados em unidade de terapia intensiva por período igual ou superior a 24 horas. RESULTADOS: Foram entrevistados 44 pacientes e 95.5% destes avaliaram a assistência de fisioterapia como humanizada. Observou-se associação positiva entre insatisfação com os itens dignidade, comunicação, garantia e empatia, e uma assistência de fisioterapia desumanizada. Pacientes que avaliaram a garantia como negativa apresentaram uma chance 2.0 (0.7 - 5.3) vezes maior de perceberem a assistência como desumanizada. Pacientes que avaliaram a empatia como negativa apresentaram uma chance 1,6 (0,8 - 3,4) vezes maior de perceberem essa assistência como desumanizada. CONCLUSÕES: A assistência de fisioterapia prestada na unidade de terapia intensiva foi marcada pelo bom atendimento, pela atenção dada ao paciente e pelo tratamento de qualidade, caracterizando uma assistência humanizada.
OBJECTIVES: The intensive care unit emerged to improve and concentrate material and human resources for the care of critical patients, and need for constant observation and continuous assistance. However, patients in intensive care unit requires exceptional care, directed not only to the physiopathological problem, but also towards the psychosocial issue, now intimately interlinked to the physical disease. In this ambient, very demanding for capability of the multiprofessional team, presence of the physiotherapist has become more frequent. This study aims to verify if the attitude of an experienced physiotherapist in the intensive care unit is humanized. METHODS: To evaluate physiotherapy care humanization, a questionnaire was prepared and patients over 18 years of age, lucid and staying in intensive care unit for 24 hours or more were included. RESULTS: Forty four patients were interviewed and 95.5% of these considered the physiotherapy care as humanized. Positive association was observed between dissatisfaction with the items of dignity, communication, warranty and empathy, and a dehumannized physiotherapy care. Patients who evaluated warranty as negative had a twofold greater chance (0.7 - 5.3) of perceiving care as dehumanized. Patients who evaluated empathy as negative had a 1.6 (0.8 - 3.4) times greater chance of perceiving care as dehumanized. CONCLUSION: Physiotherapy care given in the intensive care unit was marked by good assistance, attention provided to the patient and quality of treatment, characterizing humanized care.