Embora a terapia de substituição renal tenha contribuído para a sobrevida de pacientes renais crônicos, a mortalidade ainda é preocupante. O estudo teve como objetivo identificar os fatores associados à mortalidade em uma coorte prospectiva de pacientes renais crônicos. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos, nutricionais de estilo de vida e qualidade de vida em 712 pacientes. Os instrumentos utilizados foram os questionários da Short-Form Health Survey (SF-36), Global Subjective Assessment e Charlson Comorbidity Index. Um total de 444 pacientes morreram durante o estudo. Depois de cinco anos de seguimento, o estado civil sem parceiro (hazard ratio - HR = 1,289; IC95%: 1,001; 1,660), baixa frequência de atividades de lazer (HR = 1,321, IC95%: 1,010; 1,727) e não ser transplantado (HR = 7,246; IC95%: 3,359; 15,630) mantiveram associação independente com risco de mortalidade. No final do período de seguimento, não ter parceiro (HR = 1,337; IC95%: 1,019; 1,756), não ser transplantado (HR = 7,341; IC95%: 3,829;14,075) e estado nutricional ruim (HR = 1,363; IC95%: 1,002; 1,853) mantiveram associação independente com risco aumentado de mortalidade, enquanto maior escolaridade (de 10 a 12 anos, HR = 0,578; IC95%: 0,344; 0,972; e de mais de 12 anos, HR = 0,561; IC95%: 0,329;0,956) e melhor funcionalidade física na escala SF-36 (HR = 0,992; IC95%: 0,987; 0,998) apareceram como fatores de proteção para sobrevida mais longa. A sobrevida de pacientes renais crônicos está associada a fatores que não se limitam ao espectro clínico. O estado civil sem parceiro, baixa escolaridade, rotina social limitada, tempo maior em diálise, estado nutricional ruim e funcionamento físico ruim mostraram associação com alta mortalidade.
Although renal replacement therapy has contributed to the survival of chronic kidney failure (CKF) patients, mortality remains a major concern. This study aimed to identify the factors associated with mortality in a prospective cohort of CKF patients. Sociodemographic, clinical, nutritional, lifestyle and quality of life data were collected from 712 patients. The instruments used were the Short-Form Health Survey (SF-36), Global Subjective Assessment (GSA) and Charlson Comorbidity Index (CCI) questionnaires. A total of 444 patients died during the study. After five years of follow-up, factors such as not being married (hazard ratio - HR = 1.289, 95%CI: 1.001; 1.660), a low frequency of leisure activities (HR = 1.321; 95%CI: 1.010; 1.727) and not being transplanted (HR = 7.246; 95%CI: 3.359; 15.630) remained independently associated with the risk of mortality. At the end of the follow-up period, factors such as not being married (HR = 1.337, 95%CI: 1.019; 1.756), not being transplanted (HR = 7.341, 95%CI: 3.829; 14.075) and having a worse nutritional status (HR = 1.363, 95%CI: 1.002; 1.853) remained independently associated with an increased risk of mortality, whereas a high schooling level (10 to 12 years, HR = 0.578, 95%CI: 0.344; 0.972; and over 12 years, HR = 0.561, 95%CI: 0.329; 0.956) and a better SF-36 physical functioning score (HR = 0.992, 95%CI: 0.987; 0.998) were protective factors associated with survival. The survival of patients with CKF is associated with factors not restricted to the clinical spectrum. The following factors were associated with high mortality: not being married, low schooling level, a limited social routine, a longer time on dialysis, worse nutritional status, and worse physical functioning.
A pesar de que la terapia de reemplazo renal ha contribuido a la supervivencia de pacientes con problemas de insuficiencia renal crónica (IRC), la mortalidad continúa siendo un motivo de preocupación. El objetivo de este estudio fue identificar los factores asociados a la mortalidad en una cohorte prospectiva de pacientes con IRC. Se recogieron datos de carácter sociodemográfico, clínico, nutricional, de estilo y calidad de vida, procedentes de 712 pacientes. Las herramientas utilizadas fueron las siguientes encuestas: Short-Form Health Survey (SF-36), Global Subjective Assessment y Charlson Comorbidity Index. Un total de 444 pacientes murieron durante el estudio. Tras cinco años de seguimiento, el hecho de no estar casado (HR = 1,289; IC95%: 1,001; 1,660), tener una frecuencia baja de actividades de ocio (HR = 1,321; IC95%: 1,010; 1,727) y no haber sufrido un trasplante (HR = 7,246; IC95%: 3,359; 15,630) estuvieron independientemente asociados con el riesgo de mortalidad. Al final del período de seguimiento, no estar casado (HR = 1,337; IC95%: 1,019; 1,756), no haber sufrido un trasplante (HR = 7,341; IC95%: 3,829; 14,075), así como contar con un peor estado nutricional (HR = 1,363; IC95%: 1,002; 1,853) estuvieron independientemente asociados con un aumento en el riesgo de mortalidad, mientras que un alto nivel de escolaridad (10 a 12 años, HR = 0,578; IC95%: 0,344; 0,972; y más de 12 años, HR = 0,561; IC95%: 0,329; 0,956) y una mejor puntuación en el SF-36 de desempeño físico (HR = 0,992; IC95%: 0,987; 0,998) fueron factores protectores, asociados a la supervivencia. La supervivencia de pacientes con IRC tiene factores asociados que no se restringen al espectro clínico. No estar casado, un bajo nivel de escolaridad, una rutina social limitada, un periodo más prolongado de tiempo con diálisis, un peor estado nutricional, así como una peor actividad física estuvieron asociados con una alta mortalidad.