Resumo A partir da comparação dos discursos respectivamente de um homem e de um casal, todos pequenos agricultores da região de Altamira, Estado do Pará, o artigo enfoca as formas de apreensão da violência em situações de conflitos fundiários. A primeira parte apresenta os elementos que estas três pessoas associam à violência: tentativas de intimidações e homicídio, tiroteios e incêndios criminosos, sentimento de medo e vivência sob constantes ameaças. A segunda parte destaca os contrastes entre os discursos - tanto pela escolha das palavras-chave utilizadas quanto pelas formas como cada pessoa imagina poder se proteger: por um lado, o “respeito” e a “consideração” nas relações interpessoais, sendo vista a deflagração da violência no entorno imediato como uma consequência direta da violação dessa convenção moral fundamental; por outro, a proteção dos “direitos coletivos” por meio da justiça, o exercício do poder devendo aqui obedecer a leis e regras normativas, em princípio alheias a qualquer “favor”. Para concluir, procuro mostrar que estas diferenças não devem ser vistas como oposições irredutíveis, mas antes como polos em tensão cuja analise sempre deve levar em conta os contextos e os interlocutores. casal Altamira Pará fundiários homicídio criminosos ameaças palavraschave palavras chave proteger lado respeito “respeito consideração “consideração interpessoais fundamental outro direitos coletivos justiça normativas favor. favor . “favor” concluir irredutíveis interlocutores “favor
Abstract Based on the comparison of the speeches of a man and a couple respectively, all small farmers in the region of Altamira, State of Pará, the article focuses on the ways of apprehending violence in situations of land conflicts. The first part presents the elements that these three people associate with violence: attempted intimidation and homicide, shootings and arson, feelings of fear and experience under constant threats. The second part highlights the contrasts between the discourses, both due to the choice of keywords used and the ways in which each person imagines being able to protect themselves: on the one hand, “respect” and “consideration” in interpersonal relationships, seen as the outbreak of violence in the immediate surroundings as a direct consequence of violating this fundamental moral convention; on the other, the protection of “collective rights” through justice, the exercise of power must here obey normative laws and rules, in principle unrelated to any “favor”. To conclude, I seek to show that these differences should not be seen as irreducible oppositions, but rather as poles in tension whose analysis must always take into account the contexts and interlocutors. respectively Altamira Pará conflicts homicide arson threats discourses themselves hand respect “respect consideration “consideration relationships convention other collective rights justice rules favor. favor . “favor” conclude oppositions interlocutors “favor
Resumen A partir de la comparación de los discursos de un hombre y de una pareja respectivamente, todos pequeños agricultores de la región de Altamira, Estado de Pará, el artículo se centra en las formas de aprehender la violencia en situaciones de conflictos de tierras. La primera parte presenta los elementos que estas tres personas asocian con la violencia: intento de intimidación y homicidio, tiroteos e incendios provocados, sentimientos de miedo y experiencia bajo constantes amenazas. La segunda parte destaca los contrastes entre los discursos, tanto por la elección de las palabras clave utilizadas como por las formas en que cada persona imagina poder protegerse: por un lado, “respeto” y “consideración” en las relaciones interpersonales, vistos como el estallido de violencia en el entorno inmediato como consecuencia directa de la violación de esta convención moral fundamental; por el otro, la protección de los “derechos colectivos” a través de la justicia, el ejercicio del poder debe aquí obedecer a leyes y reglas normativas, en principio ajenas a cualquier “favor”. Para concluir, busco mostrar que estas diferencias no deben verse como oposiciones irreductibles, sino más bien como polos en tensión cuyo análisis debe tener siempre en cuenta los contextos y los interlocutores. respectivamente Altamira Pará tierras homicidio provocados amenazas protegerse lado respeto “respeto consideración “consideración interpersonales fundamental otro derechos colectivos justicia normativas favor. favor . “favor” concluir irreductibles interlocutores “favor