Resumo: O estudo teve como objetivo avaliar as tendências temporais na incidência do câncer colorretal entre 1983 e 2012 na América Latina. Este é um estudo ecológico de séries temporais com uma população de indivíduos com 20 anos ou mais, diagnosticados com câncer colorretal. Foram usados os dados dos registros de câncer de base populacional de Cáli (Colômbia), Costa Rica, Goiânia (Brasil) e Quito (Equador) para estimar taxas, enquanto as estimativas das tendências temporais foram realizadas com o software Joinpoint Regression Program. O estudo mostrou um aumento na incidência do câncer colorretal em homens e mulheres em Cáli (2,8% e 3,2%, respectivamente), Costa Rica (3,1% e 2,1%, respectivamente) e Quito (2,6% e 1,2%, respectivamente). Em Goiânia, somente as mulheres mostraram um aumento na incidência do câncer colorretal (3,3%). Para o câncer de cólon, houve uma tendência crescente na incidência em homens e mulheres em Cali (3,1% e 2,9%, respectivamente), Costa Rica (3,9% e 2,8%, respectivamente) e Quito (2,9% e 1,8%). Para o câncer retal, houve uma tendência crescente na incidência em homens e mulheres em Cali (2,5% e 2,6%, respectivamente), Costa Rica (2,2% e 1%, respectivamente) e Goiânia (5,5% e 4,6%, respectivamente), enquanto em Quito somente os homens mostraram tendência crescente (2,8%). O estudo encontrou aumentos no câncer colorretal, câncer de cólon e câncer retal em quatro regiões latino-americanas. Os achados refletem mudanças no estilo de vida, como mudanças de dieta, após a abertura econômica, e variações na prevalência de fatores de risco para câncer colorretal de acordo com gênero e entre as quatro regiões estudadas. Finalmente, as diferentes estratégias adotadas pelas regiões para o diagnóstico e triagem do câncer colorretal parecem influenciar a variação observada entre os sítios anatômicos.
Abstract: This study aimed to assess time trends in colorectal cancer incidence from 1983 to 2012 in Latin America. This was an ecological time-series study whose population consisted of individuals aged 20 years or older diagnosed with colorectal cancer. Data from population-based cancer registries in Cali (Colombia), Costa Rica, Goiânia (Brazil), and Quito (Ecuador), were used for rates estimation, while time trends estimations were proceeded by the Joinpoint Regression Program. The study showed an increase in colorectal cancer incidence in men and women in Cali (2.8% and 3.2%, respectively), Costa Rica (3.1% and 2.1%, respectively), and Quito (2.6% and 1.2%, respectively), whereas in Goiânia, only women showed an increase in colorectal cancer rates (3.3%). For colon cancer, we observed an increasing trend in incidence rates in men and women in Cali (3.1% and 2.9%, respectively), Costa Rica (3.9% and 2.8%, respectively), and Quito (2.9% and 1.8%). For rectal cancer, we observed an increasing trend in incidence in men and women in Cali (2.5% and 2.6%, respectively), Costa Rica (2.2% and 1%, respectively), and Goiânia (5.5% and 4.6%, respectively), while in Quito only men showed an upward trend (2.8%). The study found increases in colorectal cancer, colon cancer, and rectal cancer in four Latin America regions. This findings reflect lifestyle, such as dietary changes, following the economic opening, and the prevalence variations of colorectal cancer risk factors by sex and between the four studied regions. Finally, the different strategies adopted by regions for colorectal cancer diagnosis and screening seem to influence the observed variation between anatomical sites.
Resumen: El objetivo fue evaluar las tendencias temporales en la incidencia del cáncer colorrectal, de 1983 a 2012, en Latinoamérica. Se trata de un estudio ecológico de series temporales, cuya población consistió en individuos con 20 años de edad, diagnosticados con cáncer colorrectal. Para las tasas de estimación se utilizaron los datos provenientes de los registros de cáncer de base poblacional en: Cali (Colombia), Costa Rica, Goiânia (Brasil), y Quito (Ecuador), mientras que las estimaciones en las tendencias temporales se obtuvieron mediante el software Joinpoint Regression Program. El estudio mostró un incremento en la incidencia de cáncer colorrectal en hombres y mujeres en Cali (2.8% y 3.2%, respectivamente), Costa Rica (3.1% y 2.1%, respectivamente), y Quito (2.6% y 1.2%, respectivamente). En Goiânia, solo las mujeres mostraron un incremento en las tasas de cáncer colorrectal (3.3%). Para el cáncer de colon, hubo una tendencia creciente en las tasas de incidencia en hombres y mujeres en Cali (3.1% y 2.9%, respectivamente), Costa Rica (3.9% y 2.8%, respectivamente), y Quito (2.9% y 1.8%). En el caso del cáner rectal, hubo una tendencia creciente en la incidencia en hombres y mujeres en Cali (2.5% y 2.6%, respectivamente), Costa Rica (2.2% y 1%, respectivamente), y Goiânia (5.5% y 4.6%, respectivamentre), mientras en Quito solo los hombres mostraron una tendencia creciente (2.8%). El estudio encontró incrementos en cáncer colorrectal, cáncer de colon, y cáncer rectal en cuatro regiones de Latinoamérica. Los resultados reflejan un estilo de vida con cambios en la dieta, que siguió a la apertura económica, así como variaciones en la prevalencia de los factores de riesgo de cancer colorrectal por sexos y entre las cuatro regiones estudiadas. Finalmente, las diferentes estrategias adoptadas por las regiones para el diagnóstico del cáncer colorrectal y su pruebas de cribado parece que influencian la variación observada entre los sitios anatómicos donde surge.