RESUMEN Objetivos. Describir la prevalencia de diferentes tipos de violencia por parte de la pareja íntima, y estimar cómo esta se relaciona con el desarrollo infantil de los niños expuestos, en un país de bajos ingresos en América Latina. También estimamos la relación entre la violencia por parte de la pareja íntima y las prácticas de cuidado infantil, incluyendo el uso de castigo físico. Métodos. Se hizo un estudio observacional, utilizando datos recolectados como línea de base para una evaluación de impacto del Programa Nacional de Primera Infancia en Nicaragua entre 2013 y 2014. La muestra cuenta con 8 921 niños de entre 0 y 5 años y 7 436 madres o cuidadoras, ubicados en municipios que tienen un índice de pobreza extrema mayor a 0,2. Resultados. Los datos indican que el 61% de las madres o cuidadoras ha reportado comportamientos controladores de sus parejas, el 50% ha sufrido violencia emocional y el 26% ha sufrido violencia física alguna vez en su vida. Además, los datos muestran que los niños expuestos a violencia por parte de la pareja íntima muestran un peor comportamiento, y mayores rezagos en el desarrollo del lenguaje y el desarrollo social-individual. También muestran mayores probabilidades de nacimientos prematuros, y son más propensos a tener un esquema de vacunación incompleto. Por último, es más probable que los hogares expuestos a violencia por parte de la pareja íntima sean un ambiente más hostil y poco seguro para los niños. Conclusiones. Los resultados reflejan la magnitud de la violencia por parte de la pareja íntima y cómo esta afecta negativamente a los niños. Consecuentemente, es importante que se diseñen e implementen políticas públicas de prevención de esta conducta para evitar las secuelas que generan en los niños y frenar su transmisión intergeneracional.
ABSTRACT Objectives. To describe the prevalence of different types of intimate partner violence and estimate how this relates to child development in a low-income country in Latin America. The relationship between intimate partner violence and childcare practices, including the use of physical punishment, was also examined. Methods. An observational study was conducted using data collected as a baseline for an impact evaluation of the National Early Childhood Program in Nicaragua between 2013 and 2014. The sample included 8921 children between 0 and 5 years and 7436 mothers or caregivers in municipalities with an extreme poverty rate of over 0.2. Results. The data revealed that 61% of mothers or caregivers reported controlling behavior by their partners, 50% suffered emotional violence, and 26% suffered physical violence at some point in their lives. Furthermore, the data demonstrated that children exposed to intimate partner violence displayed greater behavioral problems and delayed language and social-emotional development. These children are also more likely to be born prematurely and to have incomplete vaccination schedules. Finally, homes exposed to intimate partner violence are more likely to create more hostile and unsafe environments for children. Conclusions. The results reflect the magnitude of intimate partner violence and its detrimental effects on children. Public policies need to be devised and implemented not only to prevent this behavior and mitigate sequelae in exposed children but also to curb the intergenerational transmission of violence.
RESUMO Objetivos. Descrever a prevalência de diferentes tipos de violência por parceiro íntimo em um país de baixa renda da América Latina e estimar sua relação com o desenvolvimento infantil das crianças expostas. Também foi estimada a relação entre a violência por parceiro íntimo e práticas de cuidado infantil, incluindo o castigo físico. Métodos. Foi realizado um estudo observacional utilizando dados coletados como linha de base para uma avaliação de impacto do Programa Nacional da Primeira Infância na Nicarágua, entre 2013 e 2014. A amostra conta com 8.921 crianças de 0 a 5 anos e 7.436 mães ou cuidadores, localizados em municípios com índice de extrema pobreza superior a 0,2. Resultados. Os dados indicam que 61% das mães ou cuidadores relataram comportamentos controladores de seus parceiros, 50% sofreram violência emocional e 26% sofreram violência física em algum momento da vida. Além disso, os dados mostram que crianças expostas à violência por parceiro íntimo apresentam pior comportamento e mais defasagens no desenvolvimento da linguagem e no desenvolvimento socioindividual. Também são mais propensas a nascer prematuramente e a ter esquema de vacinação incompleto. Finalmente, os lares expostos à violência pelo parceiro íntimo têm mais probabilidade de ser um ambiente mais hostil e inseguro para as crianças. Conclusões. Os resultados refletem a magnitude da violência por parceiro íntimo e como ela afeta negativamente as crianças. Consequentemente, é importante que se elaborem e implementem políticas públicas para a prevenção desse comportamento, a fim de evitar as sequelas que ele gera nas crianças e interromper sua transmissão intergeracional.