RESUMO Objetivo: Determinar a confiabilidade da tomografia de coerência óptica de varredura em casos especiais em que lentes de contato gelatinosas não podem ser removidas ao realizar medições biométricas. Métodos: Oito indivíduos foram incluídos e apenas um olho por participante foi analisado. Cada olho foi medido seis vezes por tomografia de coerência óptica de varredura com o instrumento IOLMaster 700 (Carl Zeiss Meditec, Jena, Alemanha). O comprimento axial, a espessura central da córnea, a profundidade da câmara anterior, a espessura da lente e as medidas ceratométricas foram avaliados a olho nu e enquanto usavam lentes de contato gelatinosas de três diferentes potências (-1,5, -3,0 e +2,0 D). Resultados: Houve alterações significativas no comprimento axial, espessura central da córnea, profundidade da câmara anterior e medidas ceratométricas com as lentes de contato gelatinosas em comparação com as a olho nu (p<0,001). No entanto, não houve diferenças significativas nos resultados de espessura do cristalino entre o olho nu e enquanto usava as três lentes de contato gelatinosas (p>0,5). As alterações de comprimento axial, espessura central da córnea e profundidade da câmara anterior foram específicas da lente e dependentes da espessura da lente usada. Conclusões: As medições da espessura da lente baseadas na tomografia de coerência óptica da Sept-source, enquanto usam lentes de lentes de contato gelatinosas, são comparáveis às do olho nu. Entretanto, a es pessura e o desenho óptico da lente de contato gelatinosa podem levar a diferenças significativas no comprimento axial, na espessura central da córnea, na profundidade da câmara anterior e nas medidas ceratométricas.
ABSTRACT Purpose: To determine the reliability of swept- source optical coherence tomography in cases in which soft contact lenses cannot be removed when acquiring biometric measurements. Methods: Eight subjects were included and only one eye per participant was analyzed. Each eye was measured six times by swept-source optical coherence tomography with the IOLMaster 700 instrument (Carl Zeiss Meditec, Jena, Germany). Axial length, central corneal thickness, anterior chamber depth, lens thickness, and keratometric measurements were evaluated for the naked eye and while wearing soft contact lenses of three different powers (-1.5, -3.0, and +2.0 D). Results: There were statistically significant changes in axial length, central corneal thickness, anterior chamber depth, and keratometric measurements with soft contact lenses as compared to the naked eye (p<0.001). However, there were no significant differences in lens thickness outcomes between the naked eye and while wearing the three soft contact lenses (p>0.5). The changes in axial length, central corneal thickness, and anterior chamber depth were lens-specific and dependent on the thickness of the lens used. Conclusions: Sept-source optical coherence tomography based lens thickness measurements while wearing soft contact lenses are comparable to those of the naked eye. However, the thickness and the optical design of the soft contact lens may lead to significant differences in the axial lengh, central corneal thickness, anterior chamber deph, and keratometric measurements.