OBJETIVO: Analisar a tendência temporal das taxas de afastamento do trabalho por problemas de saúde de servidores públicos estaduais, das Secretarias de Estado da Saúde e da Administração do Estado de Santa Catarina, no período de 1995 a 2005. MÉTODOS: Estudo ecológico exploratório de séries temporais com utilização de dados secundários. Foram calculadas as taxas de afastamento segundo secretaria, sexo e grupos de patologias. Utilizou-se o procedimento de Prais-Winsten para a análise de tendência. RESULTADOS: Foram analisados 40.370 afastamentos. A tendência das taxas de afastamento foi de decréscimo para ambas as secretarias, considerando ambos os gêneros. Para o gênero feminino da SEA, a tendência foi de estabilidade. As taxas foram mais elevadas na SES. O número médio de dias de afastamento aumentou no decorrer do período analisado. Segundo os grupos de patologias (CID 10), as maiores taxas foram encontradas nos capítulos V, XIII, XXI, XIX e IX. CONCLUSÕES: A tendência de decréscimo das taxas de afastamento e o respectivo aumento da média de dias de afastamento refletem mudanças no perfil de morbidade dos servidores públicos, com o predomínio de transtornos mentais e doenças do sistema osteomuscular, que exigem maior tempo de recuperação para o retorno ao trabalho. O estudo sugere a investigação de fatores associados ao adoecimento que fundamentem as políticas de saúde do servidor.
OBJECTIVE: To analyze time trends of sick leave rates among state civil servants in the State Secretariats of Health and of Administration in Santa Catarina, Brazil from 1995 to 2005. METHOD: This is an ecological study with secondary data. Rates of sick leave were calculated according to State Secretariat (Health and Administration), gender, and pathological groups. Prais-Winsten procedure was utilized to analyze trends. RESULTS: 40,370 absences were analyzed. The trend of sick leave rates was decreasing for both State Secretariats (Health and Administration), when considering both genders. Among women in the State Secretariat of Administration, the trend was that of stability. The rates were more elevated in the State Secretariat of Health. The average number of days of sick leave increased during the period analyzed. According to the pathological groups (ICD 10), the greatest rates were the chapters V, XIII, XXI, XIX, and IX. CONCLUSIONS: The decreasing trend in sick leave rates and the respective increase in the average days of sick leave taken reflect changes in the morbidity profile of state civil servants, with the predomination of mental disorders and osteo-muscular system diseases, which demand greater recovery time before returning to work. This study suggests greater investigation of the factors associated to the illness process underlying civil servants' health care policies.