O excesso de peso tomou proporções epidêmicas nas últimas décadas. Estudo transversal, com amostra probabilística, objetivou estimar a prevalência e fatores associados ao excesso de peso entre trabalhadores de uma indústria metal-mecânica, em Joinville, Santa Catarina. Para a coleta de dados foram aferidos dados antropométricos e entregue questionário auto-administrado. As razões de prevalência (RP) brutas e ajustadas, e os Intervalos de Confiança de 95% (IC 95) foram calculados por meio da Regressão de Poisson. A taxa de resposta foi de 98,6% (n = 475), sendo 84,8% homens, empregados no setor produtivo (79,4%). A prevalência de excesso de peso foi de 53,0% (IC 95% 48,5% - 57,6%). Após análise ajustada, as mulheres apresentaram menor prevalência do desfecho (RP 0,19 IC 95% 0,05 - 0,73). As prevalências foram superiores entre aqueles com idade superior a 30 (RP 1,69 IC 95% 1,33 - 2,15) ou 40 anos (RP 2,00 IC 95% 1,56 - 2,57), com doenças crônicas referidas (RP 1,23 IC 95% 1,04 - 1,45) ou que avaliaram sua saúde como pior (RP 1,23 IC 95% 1,02 - 1,49). Além disso, observou-se uma interação entre escolaridade e sexo: entre homens com ensino fundamental a prevalência de sobrepeso foi 30% menor do que entre aqueles com maior escolaridade (RP 0,71 IC 95% 0,51 - 0,99), enquanto entre mulheres com ensino fundamental a prevalência foi praticamente seis vezes maior do que entre aquelas com ensino superior (RP 5,57 IC 95% 1,28 - 24,25). Os resultados reforçam as diferenças entre os gêneros e diferentes indicadores socioeconômicos na prevalência do excesso de peso.
Excess weight has taken epidemic proportions in recent decades. The present cross-sectional study with a random sample aimed to estimate the prevalence and factors associated with excess weight among workers of a metal-mechanic industry in Joinville, Santa Catarina. Anthropometric data were collected and a self-administered questionnaire completed. Crude and adjusted prevalence ratios (PR), and 95% confidence intervals (95% CI) were calculated, using the Poisson Regression. The response rate was 98.6% (n = 475), 84.8% were men, and 79.4% were employed in manufacturing. The prevalence of overweight was 53.0% (95% CI 48.5% - 57.6%). After adjusted analysis, women had a lower prevalence of the outcome (PR 0.19 95% CI: 0.05 to 0.73). The prevalence was higher among those aged over 30 (PR 1.69 95% CI 1.33 to 2.15) or 40 years (PR 2.00 95% CI 1.56 to 2.57), reporting a chronic disease (PR 1.23 95% CI 1.04 to 1.45), or who assessed their health as poor (PR 1.23 95% CI 1.02 to 1.49). Furthermore, there was an interaction between education and sex: for men with basic education, the prevalence of overweight was 30% lower than among those with more schooling (PR 0.71 95% CI 0.51 to 0.99), while among women with basic education, the prevalence was almost six times higher than among those with higher education (PR 5.57 95% CI 1.28 to 24.25). The results strengthen the differences between genders and various socioeconomic indicators on the prevalence of overweight.