RESUMO Objetivos: avaliar a associação do aleitamento materno e as doenças prevalentes nos primeiros dois anos de vida da criança. Métodos: estudo transversal retrospectivo, que analisou prontuários eletrônicos de 401 crianças. Foram coletados dados sobre nascimento, crescimento, aleitamento materno e atendimentos médicos nos dois primeiros anos de vida. Na análise, utilizou-se Regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: receberam aleitamento exclusivo até os seis meses 27,9% das crianças, e, aos 24 meses de vida, 93,3% já haviam tido alguma doença prevalente da infância. Na análise bruta, apresentaram associação Apgar no 5º minuto, comprimento, peso aos 12 meses, tempo de aleitamento exclusivo e não exclusivo. Na análise ajustada, apenas a variável aleitamento materno aos seis meses manteve a associação com as doenças prevalentes da infância. Conclusões: as crianças que não foram amamentadas, exclusivamente ou não, até os seis meses, apresentaram maior prevalência de doenças em relação às amamentadas.
ABSTRACT Objectives: to assess the association between breastfeeding and diseases prevalent in the first two years of a child’s life. Methods: a retrospective cross-sectional study that analyzed electronic medical records of 401 children. Data on birth, growth, breastfeeding and medical care in the first two years of life were collected. In the analysis, Poisson regression with robust variance was used. Results: 27.9% of children were exclusively breastfed until six months, and, at 24 months, 93.3% had already had some prevalent childhood disease. In the crude analysis, 5-minute Apgar association, length, weight at 12 months, exclusive and non-exclusive breastfeeding time had association. In the adjusted analysis, only the variable breastfeeding at six months maintained the association with prevalent childhood diseases. Conclusions: children who were not breastfed, exclusively or not, up to six months of age, had a higher prevalence of diseases compared to breastfed children.
RESUMEN Objetivos: evaluar la asociación entre lactancia materna y enfermedades prevalentes en los dos primeros años de vida del niño. Métodos: estudio transversal retrospectivo que analizó las historias clínicas electrónicas de 401 niños. Se recogieron datos sobre nacimiento, crecimiento, lactancia y atención médica en los dos primeros años de vida. En el análisis se utilizó la regresión de Poisson con varianza robusta. Resultados: el 27,9% de los niños fueron amamantados exclusivamente hasta los seis meses de edad y, a los 24 meses, el 93,3% ya había tenido alguna enfermedad infantil prevalente. En el análisis crudo presentaron asociación de Apgar al minuto 5, longitud, peso a los 12 meses, tiempo de lactancia materna exclusiva y no exclusiva. En el análisis ajustado, sólo la variable lactancia materna a los seis meses mantuvo la asociación con las enfermedades prevalentes de la infancia. Conclusiones: los niños que no fueron amamantados, exclusivamente o no, hasta los seis meses de edad, presentaron mayor prevalencia de enfermedades en comparación con los niños amamantados.