OBJETIVO: Além de ser usado há décadas para tratar distúrbio bipolar, o lítio, mais recentemente, demonstrou-se eficaz para Alzheimer, síndrome de Down, processos isquêmicos e excitotoxicidade mediada por glutamato. Contudo, a estreita janela terapêutica do lítio limita seu uso. Portanto, o estabelecimento de métodos preditivos de dose torna-se importante. MÉTODO: O desempenho de ratos Wistar adultos foi avaliado no campo aberto e labirinto em cruz elevado após seis semanas de tratamento com uma ração suplementada com 0,255% ou 0,383% de cloreto de lítio ou ração normal. Coletou-se amostras de sangue para dosagem plasmática do lítio. RESULTADOS: Os animais alimentados com a ração com 0,255% de cloreto de lítio fizeram mais rearing no campo aberto e tiveram uma maior freqüência de entradas nos braços do labirinto elevado que os animais que ingeriram a dose mais alta. Apesar disso, verificou-se níveis plasmáticos de lítio semelhantes em ambos os grupos. DISCUSSÃO: A variação nos comportamentos destarte a presença de níveis plasmáticos semelhantes sugere que as diferentes doses produziram diferentes concentrações cerebrais não detectadas pela medida plasmática. CONCLUSÃO: Medidas da concentração plasmática de lítio não permitem prever de forma completa seus efeitos comportamentais.
OBJECTIVE: Lithium has been successfully employed to treat bipolar disorder for decades, and recently, was shown to attenuate the symptoms of other pathologies such as Alzheimer's disease, Down's syndrome, ischemic processes, and glutamate-mediated excitotoxicity. However, lithium's narrow therapeutic range limits its broader use. Therefore, the development of methods to better predict its dose becomes essential to an ideal therapy. METHOD: the performance of adult Wistar rats was evaluated at the open field and elevated plus maze after a six weeks treatment with chow supplemented with 0.255%, or 0.383% of lithium chloride, or normal feed. Thereafter, blood samples were collected to measure the serum lithium concentration. RESULTS: Animals fed with 0.255% lithium chloride supplemented chow presented a higher rearing frequency at the open field, and higher frequency of arms entrance at the elevated plus maze than animals fed with a 50% higher lithium dose presented. Nevertheless, both groups presented similar lithium plasmatic concentration. DISCUSSION: different behaviors induced by both lithium doses suggest that these animals had different lithium distribution in their brains that was not detected by lithium serum measurement. CONCLUSION: serum lithium concentration measurements do not seem to provide sufficient precision to support its use as predictive of behaviors.