OBJETIVO: Estimar os níveis de atividade física e sua associação com fatores sociodemográficos em moradores de áreas rurais. MÉTODOS: Estudo transversal, de base populacional, incluindo 567 adultos de duas comunidades rurais do Vale do Jequitinhonha, MG, entre os anos de 2008 e 2009. Os níveis de atividade física foram coletados por meio do Questionário Internacional de Atividade Física, versão longa adaptada. Utilizou-se o ponto de corte de 150 minutos de atividade física semanal entre os domínios: trabalho, domicílio, lazer e deslocamento. Os fatores sociodemográficos pesquisados foram sexo, cor da pele, idade, estado marital, escolaridade e autopercepção de saúde. Foram realizadas análise bivariada (qui-quadrado, p< 0,05) e análise múltipla de regressão logística. RESULTADOS: A prevalência de indivíduos que praticaram 150 minutos ou mais de atividade física no trabalho foi de 82,9% (IC 95%: 77,8;88,0) entre os que trabalham atualmente. Essa proporção para os outros domínios foram: domicílio 63,5% (IC 95%: 59,6;67,4); lazer 10,1% (IC 95%: 7,6;12,6); e no deslocamento 32,0% (IC 95%: 28,2;35,8). Os homens foram mais ativos que as mulheres no lazer, deslocamentos e trabalho, enquanto as mulheres foram mais ativas no ambiente doméstico. A atividade física de lazer foi mais prevalente em indivíduos de maior escolaridade, mais jovens e entre os de cor preta e parda. No deslocamento, mulheres mais jovens e homens e mulheres com estado de saúde excelente/bom foram mais ativos. Os homens com maior escolaridade foram os menos ativos neste domínio. CONCLUSÕES: A prevalência de adultos fisicamente ativos em área rural é alta, mas os níveis de atividade física no lazer são baixos e seguem padrões similares aos de áreas urbanas segundo idade, sexo e escolaridade.
OBJECTIVE: To estimate the physical activity level and its association with sociodemographic factors in adults living in rural areas. METHODS: Cross-sectional population study including 567 adults in two rural communities from the Jequitinhonha Valley, Southeastern Brazil, during the years of 2008 and 2009. Physical activity levels were assessed with the adapted long version of the International Physical Activity Questionnaire. A cut-off point of 150 minutes per week was used in the analyses for the domains: occupational, household, leisure and commuting. The sociodemographic factors studied were sex, skin color, age, marital status, education and self-reported health. Bivariate analysis (chi-square test, p< 0.05) and multiple logistic regression analysis were performed. RESULTS: The prevalence of subjects practicing 150 min/wk or more of work related physical activity was 82.9% (95% CI: 77.8;88.0) of those currently working. The equivalent proportions for the other domains were: household 63.5% (95% CI: 59.6; 67.4); leisure time 10.1% (95% CI: 7.6;12.6) and commuting 32.0% (95% CI: 28.2;35.8%). Men were more active than women in leisure time, commuting and occupational domains, while women were more active in the household domain. Leisure time physical activity was more prevalent in younger subjects, those with higher levels of education and among those of black or mixed skin color. Commuting physical activity was more frequent among younger women and among men and women in excellent/good health. Men with higher level of schooling were less active in the commuting domain. CONCLUSIONS: The prevalence of physically active adults in this rural area was high, but the levels of leisure time physical activity were low and followed patterns similar to those observed in urban areas, in relation to age, sex and educational status.
OBJETIVO: Estimar los niveles de actividad física y su asociación con factores sociodemográficos en moradores de áreas rurales. MÉTODOS: Estudio transversal, de base poblacional, incluyendo 567 adultos de dos comunidades rurales del Vale do Jequitinhonha, Sureste de Brasil, entre los años de 2008 y 2009. Los niveles de actividad física fueron colectados por medio de Cuestionario Internacional de Actividad Física, versión larga adaptada. Se utilizó el punto de corte de 150 minutos de actividad física semanal entre los dominios: trabajo, domicilio, ocio y traslados. Los factores sociodemográficos investigados fueron sexo, color de la piel, edad, estado marital, escolaridad y autopercepción de salud. Se realizaron análisis bivariado (Chi-cuadrado, p£0,05) y análisis múltiple de regresión logística. RESULTADOS: La prevalencia de individuos que practicaron 150 minutos o más de actividad física en el trabajo fue de 82,9% (IC 95%: 77,8;88,0) entre los que trabajan actualmente. Esa proporción para los otros dominios fueron: 63,5% (IC 95%: 59,6;6;67,4) en el domicilio. 10,1% (IC 95%: 7,6;12,6) en el ocio y 32,0% (IC 95%: 28,2;35,8) en traslados. Los hombres fueron más activos que las mujeres en el ocio, traslados y trabajo, mientras que las mujeres fueron más activas en el ambiente doméstico. La actividad física de ocio fue más prevalente en individuos de mayor escolaridad, más jóvenes y entre los de color negro y pardo. En el traslado, mujeres más jóvenes y hombres y mujeres con estado de salud excelente/ bueno fueron más activos. Los hombres con mayor escolaridad fueron los menos activos en este dominio. CONCLUSIONES: La prevalencia de adultos físicamente activos en área rural es alta, pero los niveles de actividad física en el ocio son bajos y siguen patrones similares a los de áreas urbanas según edad, sexo y escolaridad.