O objetivo deste artigo é (re)introduzir alguns elementos para construir uma concepção alternativa de adolescência/adolescente que esteja em sintonia com os pressupostos ontológicos e epistemológicos da Psicologia Social Crítica e da Teoria das Representações Sociais. Partindo de uma experiência com adolescentes que vivem com HIV/aids em um hospital público do Sul do Brasil, trazemos à luz algumas inquietações teóricas com relação à concepção da adolescência/adolescente como um período universal e natural- uma concepção amplamente difundida na Psicologia. Como alternativa, foi proposto pensar a adolescência como um processo, ou como "devir"- termo que traz a possibilidade de "vir a ser", "tornar-se", "transformar-se", "metamorfosear-se"-, sem fronteiras delimitadas que separem a infância da adolescência.
The aim of this paper is to (re)introduce some elements to construct an alternative conception of adolescence/adolescent that goes along with the ontological and epistemological assumptions of the Critical Social Psychology and with the Theory of Social Representations. From an experience with HIV-positive adolescents in a public hospital in the South of Brazil, we shall bring to light some theoretical concerns regarding the conception of adolescence/adolescent as a universal and natural phase - a very widespread conception in Psychology. Alternatively we propose to think adolescence as a process, or as "turn out to be"- an expression that carries the meaning of "becoming", of "transforming" or yet of "metamorphosize"-, with no delimited borders that separates childhood from adolescence.
El objetivo de este artículo es (re)introducir algunos elementos para construir una concepción alternativa de adolescencia/adolescente que esté en sintonía con los presupuestos ontológicos y epistemológicos de la Psicología Social Crítica y de la Teoría de las Representaciones Sociales. Partiendo de una experiencia con los adolescentes que viven con VIH/sida en un hospital público del Sur del Brasil, traemos a la luz algunas inquietudes teóricas con relación a la concepción de la adolescencia/adolescente como un periodo universal y natural- una concepción ampliamente divulgada en la Psicología. Como alternativa, fue propuesto pensar de la adolescencia como un proceso, o como "devenir"- término que trae la posibilidad de "venir a ser", "convertirse", "transformarse", "metamorfosearse"-, sin fronteras delimitadas que separen la infancia de la adolescencia.