RESUMO Analisa a trajetória de Luís Pedreira do Couto Ferraz, visconde do Bom Retiro e personagem da alta governança do Segundo Reinado, que, a despeito de sua participação em política e administração durante mais de 40 anos, ainda é pouco referido na historiografia. Couto Ferraz foi presidente de duas províncias, deputado em diversas legislaturas, ministro no Gabinete da Conciliação, senador e membro do Conselho de Estado, além de ter atuado na direção de diversas instituições. Destaca-se seu papel de amigo e confidente de Pedro II e propõe-se que sua discrição buscava ao mesmo tempo preservar o monarca e garantir proximidade e influência no poder, muitas vezes de forma indireta e pouco perceptível.
ABSTRACT This paper analyzes the trajectory of Luís Pedreira do Couto Ferraz, viscount of Bom Retiro, a high-ranking government official of the Second Reign, who is still seldom mentioned in the historiography, despite his participation in politics and the administration for more than 40 years. Couto Ferraz was president of two provinces, representative in several legislatures, minister in the Cabinet of Conciliation, senator and member of the State Council, besides being a director in several institutions. His role as a friend and confident of Pedro II is emphasized in the paper, which proposes that his discretion sought at the same time the preservation of the monarch, and the assurance of his own proximity to and influence in power, often in indirect and scarcely perceptible ways.
RESUMEN El artículo analiza la trayectoria de Luís Pedreira do Couto Ferraz, visconde do Bom Retiro y personaje de alto nivel en el gobierno del Segundo Reinado, que, no obstante su participación en política y administración durante más de 40 años, es todavía poco referido en la historiografía. Couto Ferraz ha sido presidente de dos provincias, diputado en diversas legislaturas, ministro del Gabinete de Conciliación, senador y miembro del Consejo de Estado, además de haber actuado en la dirección de varias instituciones. Se destaca su papel de amigo y confidente de Pedro II y se propone que su discreción buscaba, al mismo tiempo, preservar el monarca y garantizar proximidad e influencia en el poder, muchas veces de manera indirecta y poco perceptible.