A fronteira entre Guiana Francesa e Brasil é um lugar de intercâmbio econômico, cultural, social e sexual. Nessa área, onde o turismo sexual é particularmente desenvolvido, as mulheres profissionais do sexo representam uma população de alto risco de contágio pelo HIV. Os testes de HIV parecem ser um elemento importante da luta contra a epidemia. De fato, os primeiros testes de HIV dão acesso à prevenção e aos tratamentos. Foi realizada em 2011 uma pesquisa de conhecimento, atitudes, comportamentos e práticas sobre HIV/AIDS com mulheres profissionais do sexo ao longo da fronteira da Guiana Francesa com o Brasil. Foram entrevistadas 213 mulheres profissionais do sexo. Um terço (31,5%) delas nunca tinha feito o teste de HIV. Fatores associados a não realização do teste de HIV foram: a falta de conhecimento dos locais onde fazer o teste, ter idade igual ou acima de 30 anos, sentir-se em risco de contágio pelo HIV, falta de avaliação do risco de contágio pelo HIV e habitante do Oiapoque. Esses resultados sugerem claramente que intervenções direcionadas às mulheres profissionais do sexo são necessárias para que os testes sejam feitos regularmente.
The border between Brazil and French Guiana is a place of economic, cultural, social and sexual exchange. Female sex workers represent a high risk population for HIV in this area where sexual tourism is particularly developed. HIV testing seems to be an important element in the fight against the epidemic. Indeed, early HIV testing gives access to treatments and prevention. An HIV/AIDS knowledge, attitudes, behaviors and practices survey was conducted in 2011 among sex workers along the border between Brazil and French Guiana. A total of 213 female sex workers were interviewed. One third (31.5%) of the interviewed had never tested for HIV. Factors associated with non HIV-testing were the lack of knowledge of places where to do an HIV test, to be 30 or older, feeling at risk of HIV, not evaluating one's own risk towards HIV, and living in Oiapoque. These results clearly suggest that targeted interventions are needed to encourage and assist female sex workers to get tested regularly.
La frontera entre la Guyana Francesa y Brasil es un lugar de intercambio económico, cultural y sexual. En esta zona, donde se desarrolla sobre todo el turismo sexual, las trabajadoras del sexo son una población de alto riesgo de VIH. La prueba del VIH parece ser un elemento en la lucha de esta epidemia. Además, la prueba inmediata del VIH permite el acceso a los tratamientos y la prevención. Se realizó una Encuesta de Conocimientos, Actitudes y Prácticas sobre el VIH/SIDA en 2011 entre las trabajadoras de sexo, trabajando en la frontera entre la Guyana Francesa y Brasil. Se entrevistaron a un total de 213 trabajadoras del sexo. Un tercio (31,5%) de las entrevistadas nunca se había hecho la prueba del VIH. Los factores asociados con no haberse hecho la prueba del VIH son la ausencia de conocimientos sobre los lugares, donde se realiza la prueba del VIH, tener 30 años o más, sentirse en riesgo de VIH, no evalúan su propio riesgo frente al VIH y viviendo en el Oiapoque. Estos resultados muestran claramente que las intervenciones específicas necesitan incentivos para estimular el uso regularmente de la prueba del VIH.