Este estudo buscou avaliar os fatores de risco para doenças cardiovasculares em motoristas de ônibus em Montes Claros (MG). Foi empregado um questionário semiestruturado abordando dados pessoais, antropométricos, profissionais e laborais; e outro referente ao grau de estresse. Foram pesquisados 53 motoristas de ônibus e a média de idade foi de 30 a 39 anos, e dessa população, 81,1% diziam não ser fumantes, 58% não consumiam bebida alcoólica e 50% praticavam algum tipo de exercício. Na avaliação do IMC 40 motoristas (75,4%) estavam com excesso de peso. A prevalência dos hábitos alimentares foi de excesso consumo de açúcar (66,0%), de gordura (64,2%), de café (69,8%), de sal (60,4%), de Coca Cola (64,2%) e de refrigerante (54,7%). Dentre os relatos de doenças crônicas não foram observados motoristas diabéticos (98,1%) e nem hipertensos (94,3%). A maioria da amostragem, 69,7% teve nível de estresse normal. Em relação aos dados laboratoriais, a grande maioria dos motoristas apresentou hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia. Os níveis de HDL estavam satisfatórios, e o de LDL apresentou nível normal e desejável em mais da metade da amostra. A prevalência para doença cardiovascular mostrou-se baixa.
The scope of this study was to evaluate risk factors for cardiovascular disease among bus drivers in Montes Claros in the state of Minas Gerais. A semi-structured questionnaire covering personal, anthropometric, professional and labor-related data was used, in addition to a questionnaire on the level of stress. 53 bus drivers were surveyed and the average age was 30 to 39 years of age. 81.1% were non-smokers; 58% of the sample were teetotalers; and 50% took regular exercise. In the assessment of BMI, 40 drivers (75.4%) were overweight. The prevalence in eating habits revealed excess consumption of sugar (66.0%), fat (64.2%), coffee (69.8%), salt (60.4%), coca cola (64.2%) and soft drinks (54.7%). Among reports of chronic diseases, no diabetic (98.1%) or hypertensive (94.3%) drivers were observed. Most of the sample (69.7%) had normal stress levels. With respect to laboratory data, the vast majority of drivers had hypertriglyceridemia and hypercholesterolemia. HDL levels were satisfactory, and the LDL revealed normal and desirable levels in more than half of the sample. The prevalence of cardiovascular disease was low.