Resumen El presente artículo de revisión tiene por objetivo plantear elementos teóricos y metodológicos para pensar el campo problemático que articula la relación entre procesos históricos de resistencia, educación y conocimiento en la conformación de pedagogías senti-pensantes y revolucionarias en la praxis educativo-política de los movimientos indígenas y campesinos de América Latina. En esa dirección, al afirmar la existencia de un carácter revolucionario y sentipensante en la praxis pedagógica de los movimientos, recupero el debate teórico-político de la teoría crítica, en Frantz Fanon, Orlando Fals-Borda y Silvia Rivera Cusicanqui, y del pensamiento pedagógico latinoamericano, en Paulo Freire y Carlos Mariátegui, en el sentido de identificar al sujeto revolucionario de Latinoamérica en los diferentes periodos históricos de tensionamiento en la disputa hegemónica. En esos procesos de disputa de hegemonía, la región latinoamericana demarca especificidades históricas que entretejen las concepciones de lo educativo y de lo pedagógico, en el sentido de situar qué es lo que constituye un proyecto de educación en la perspectiva de los movimientos indígenas y campesinos de la región, quiénes son los sujetos de la educación, a qué discursos educativos y a cuáles intencionalidades socioculturales y políticas responden. Asimismo, el artículo plantea algunos ejes metodológicos para interpretar los elementos que estructuran la concepción de lo educativo y de lo pedagógico en los proyectos educativo-políticos de los movimientos indígenas y campesinos, acompañados de ejemplos concretos de as experiencias educativas en curso: la dimensión epistémica (el ethos, proyecto ético-político y valores), lo procedimental (estrategias, saberes y sujetos) y lo pedagógico
Abstract This review article aims to raise theoretical and methodological elements to think about the problematic field that articulates the relationship between historica processes of resistance, education and knowledge in the formation of sentipensante and revolutionary pedagogies in the educational-political praxis of indigenous and peasant movements in Latin America. In this direction, by affirming the existence of a revolutionary and sentipensante character in the pedagogical praxis of the movements, recover the theoretical-political debate of critical theory in Frantz Fanon, Orlando Fals-Borda and Silvia Rivera Cusicanqui, and of Latin American pedagogical thought, in Paulo Freire and Carlos Mariátegui, in the sense of identifying the revolutionary subject of Latin America in the different historical periods of tension in the hegemonic dispute. In these processes of dispute over hegemony, the Latin American region demarcates historical specificities that interweave conceptions of education and of pedagogy, in the sense of situating what constitutes an education project within the perspective of indigenous and rural movements of the region, who are the subjects of education, to what educational discourses, and to what socio-cultural and political intentions they respond. Likewise, the article proposes some methodological axes to interpret the elements that structure the conception of education and pedagogy in the educational-political projects of the indigenous and rural movements, accompanied by concrete examples of current educational experiences: the epistemic dimension (the ethos, ethical-political project and values), the processual (strategies, knowledge and subjects), and the pedagogical
Resumo Este artigo de revisão visa apresentar elementos teóricos e metodológicos para pensar o campo problemático que articula a relação entre processos históricos de resistência, educação e conhecimento na formação de pedagogias senti-pensantes e revolucionárias na práxis educativo-política dos movimentos indígenas e camponeses na América Latina. Neste sentido, ao afirmar a existência de um carácter revolucionário e sentipensante na práxis pedagógica dos movimentos, recupero o debate teórico-político da teoria crítica, em Frantz Fanon, Orlando Fals-Borda e Silvia Rivera Cusicanqui, e do pensamento pedagógico latino-americano, em Paulo Freire e Carlos Mariátegui, no sentido de identificar o sujeito revolucionário da América Latina nos diferentes períodos históricos de tensão na disputa hegemônica. Nestes processos de disputa de hegemonia, a região latino-americana demarca especificidades históricas que entrelaçam concepções de educação e de pedagogia, no sentido de situar o que constitui um projeto educativo na perspectiva dos movimentos indígenas e campesinos da região, quais são os sujeitos da educação, a que discursos educativos, e a quais intencionalidades socioculturais e políticas respondem. O artigo propõe, ainda, alguns eixos metodológicos para interpretar os elementos que estruturam a concepção do educativo e do pedagógico nos projetos educativo-políticos dos movimentos indígenas e camponeses, acompanhados de exemplos concretos de experiências educativas em: a dimensão epistêmica (o ethos, o projeto ético-político e valores), o procedimental (estratégias, saberes e sujeitos) e o pedagógico.