OBJETIVO: Avaliar o estado nutricional de crianças portadoras de ostomia de eliminação intestinal. MÉTODOS: Realizou-se um estudo descritivo, tipo série de casos, com amostra composta por 30 crianças menores de dez anos, portadoras de colostomia ou ileostomia, admitidas na clínica cirúrgica pediátrica do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, no Recife, em Pernambuco. Foi utilizado um questionário estruturado para coletar dados socioeconômicos, clínicos, antropométricos e laboratoriais (hemoglobina e hematócrito). O diagnóstico nutricional foi realizado a partir dos indicadores antropométricos (altura/idade, peso/idade e índice de massa corpórea/idade), tomando-se como base o padrão de referência da Organização Mundial da Saúde. Também foram aferidas a circunferência do braço e a prega cutânea tricipital para avaliar a composição corporal, bem como os perímetros torácico e cefálico em crianças menores de cinco anos. Utilizou-se o teste t de Student para comparar dois grupos independentes, sendo significante p<0,05. RESULTADOS: Encontrou-se comprometimento nutricional importante de acordo com os indicadores antropométricos estudados, destacando-se o déficit estatural (24,1%). Os pacientes ileostomizados apresentaram menores médias de escore Z dos indicadores antropométricos, hemoglobina, hematócrito e tempo de ostomia quando comparados aos colostomizados, com diferenças significantes apenas para o escore Z de índice de massa corpórea/idade (p=0,016), hemoglobina (p=0,025) e hematócrito (p=0,023). CONCLUSÕES: Os dados apontam para frequência elevada de déficit nutricional, sobretudo baixa estatura na amostra avaliada. Apesar de os pacientes ileostomizados possuírem menor tempo de confecção da ostomia, apresentaram maior déficit nutricional quando comparados aos colostomizados, provavelmente pelo maior risco de complicações pós-operatórias a que estão expostos, com consequente comprometimento nutricional.
OBJECTIVE: To assess the nutritional status of children submitted to ostomy for intestinal discharge. METHODS: A descriptive case series was carried out including 30 children aged up to ten years old submitted to colostomy or ileostomy at the pediatric surgery unit of Institute of Medicine Professor Fernando Figueira, Recife, Pernambuco. Socioeconomic, clinical, anthropometric, and laboratorial (hemoglobin and hematocrit) data were collected using a structured questionnaire. Nutritional status was determined based on anthropometric indicators (height/age, weight/age, and body mass index/age), which were stratified by gender, with World Health Organization standards as reference. Arm circumference and triceps skinfold were measured for the evaluation of body composition. Chest and head perimeters were measured on children aged up to five years-old. The Student's t-test was applied to compare two independent groups, considering p<0.05 as significant. RESULTS: All anthropometric indicators revealed nutritional deficit, especially in the height/age index, which revealed a frequency of 24.1% of short statue. Patients submitted to ileostomy presented lower mean Z score of anthropometric indicators, hemoglobin, hematocrit and ostomy time in comparison to those submitted to colostomy, with significant differences only for the Z score of body mass index/age (p=0.016), hemoglobin (p=0.025), and hematocrit (p=0.023). CONCLUSIONS: There is a substantial frequency of nutritional deficit in the analyzed sample, especially based on the height/age index. Although ileostomized patients had less time of ostomy, they had higher nutritional deficit compared to the colostomized ones, likely due to greater risk of postoperative complications, with consequent nutritional impairment.
OBJETIVO: Evaluar el estado nutricional de niños portadores de ostomía de eliminación intestinal. MÉTODOS: Se realizó un estudio descriptivo, tipo serie de casos, con muestra compuesta por 30 niños con menos de diez años, portadores de colostomía o ileostomía, admitidas en la clínica quirúrgica pediátrica del Instituto de Medicina Integral Profesor Fernando Figueira, en Recife, Pernambuco. Se utilizó un cuestionario estructurado para recoger datos socioeconómicos, clínicos, antropométricos y laboratoriales (hemoglobina y hematócrito). El diagnóstico nutricional se realizó a partir de los indicadores antropométricos (altura/edad, peso/edad e índice de masa corporal/edad), teniendo por base el estándar de referencia de la Organización Mundial de la Salud. También se verificaron la circunferencia del brazo y el pliegue cutáneo tricipital para evaluar la composición corporal, así como los perímetros torácico y cefálico en niños con menos de cinco años. Se utilizó la prueba t de Student para comparar dos grupos independientes, siendo significante p<0,05. RESULTADOS: Se encontró comprometimiento nutricional importante conforme a los indicadores antropométricos estudiados, con destaque para el déficit estatural (24,1%). Se verificó que los pacientes ileostomizados (23,3%) presentaron menores promedios de escore Z de los indicadores antropométricos, hemoglobina, hematócrito y tiempo de ostomía cuando comparados a los colostomizados (76,7%), con diferencias significantes solamente para el escore Z de índice de masa corporal/edad (p=0,016), hemoglobina (p=0,025) y hematócrito (p=0,023). CONCLUSIONES: Los datos señalan para la frecuencia elevada de déficit nutricional, sobre todo baja estatura en la muestra evaluada. A pesar de que los pacientes ileostomizados poseen menor tiempo de confección de la ostomía, presentan mayor déficit nutricional cuando comparados a los colostomizados, probablemente por el mayor riesgo de complicaciones postoperatorias a que están expuestos, con consiguiente comprometimiento nutricional.