OBJECTIVE: An evaluation of the perception, resources and practices regarding abortion of traditional midwives in a rural area in the municipality of Yecapixtla, state of Morelos, located in the central region of Mexico. METHODS: A qualitative methodology consisting of a detailed interview, focal groups and participating observation, was used. The subjects investigated were socio-cultural aspects, reproduction, sexuality and health related to abortion. Nine midwives were interviewed and a focal group was formed in which 16 midwives participated. RESULTS: The results demonstrated a profound rejection of abortion whether inducted or spontaneous. The former was considered a major sin and the latter a serious failure of a woman´s reproductive function. Women who abort are called "pigs", "hogs" or "bitches" and the midwives are reluctant to attend them. However, a common practice among the women in the community is to "regulate the menstruation", that is, to use substances that provoke menstruation when this is delayed. This specific practice is not considered abortive by these women. CONCLUSION: Local popular beliefs about abortion are indispensible for the construction of effective strategies, which when provided by the institutional health services, reinforce the bonds between these and the traditional midwives in such a way as to increase accessibility to the health services as well as the quality of care to women.
OBJETIVO: Conocer la percepción, recursos y prácticas que sobre el aborto tienen las parteras de un área rural mexicana, el Municipio de Yecapixtla, Morelos, situado en la parte central de México. MÉTODOS: Se utilizó método cualitativo, realizándose entrevistas en profundidad, grupos focales y observación participativa. Los tópicos indagados fueron aspectos socioculturales, sexualidad, reproducción y aspectos de salud en relación al aborto. Se entrevistó en profundidad a 9 parteras y se realizó un grupo focal en el que participaron 16 parteras. RESULTADOS: Éstos dan cuenta de una profunda actitud de rechazo ante el aborto, inducido o espontáneo. El primero se conceptúa como un pecado grave y el segundo como un fracaso en la principal función de la mujer en estas comunidades, la reproducción. Las mujeres que abortan son llamadas "puercas", "cochinas" o "perras" y las parteras se muestran reacias a atenderlas. Sin embargo, es común entre las mujeres de la comunidad la práctica de la "regulación de la regla", es decir, la utilización de sustancias que hacen que aparezca la menstruación si ésta se ha retrasado. Dicha práctica no se considera abortiva. CONCLUSIONES: El conocimiento del mundo de significaciones populares en torno al aborto es imprescindible para construir modelos y estrategias efectivas que, desde los servicios institucionales de salud, refuercen los vínculos entre éstos y las parteras tradicionales, de manera que se mejore el acceso a servicios y la calidad de la atención a las mujeres.
OBJETIVO: Conhecer a percepção, recursos e práticas que as parteiras tradicionais, de uma área rural mexicana, possuem sobre o aborto. MÉTODOS: Usou-se o método qualitativo com entrevistas em profundidade, grupos focais e observação participativa. As questões versaram sobre aspectos socioculturais, sexualidade, reprodução e aspectos de saúde relacionados ao aborto. Entrevistaram-se em profundidade 9 parteiras e formou-se um grupo focal com a participação de 16 parteiras. RESULTADOS: Encontrou-se uma atitude de não aceitação do aborto, induzido ou espontâneo. As mulheres que abortam são chamadas de "porcas", "imundas" ou "cadelas" e as parteiras mostram-se titubeantes em atendê-las. No entanto, é comum a prática da "regulação da menstruação" entre as mulheres da comunidade, ou seja, utilizam substâncias que induzem a menstruação quando a mesma está atrasada. CONCLUSÕES: O conhecimento de significados populares em torno do aborto é imprescindível para a construção de estratégias que reforcem os vínculos entre serviços institucionais de saúde e as parteiras tradicionais e para melhorar a qualidade da assistência às mulheres.