RESUMO Objetivo: identificar a prevalência do tabagismo em profissionais de enfermagem e determinar relações do hábito com características sociodemográficas e clínicas. Método: profissionais de enfermagem de um hospital cardiovascular responderam ao questionário sobre tabagismo e grau de dependência, características sociodemográficas, antecedentes pessoais e familiares, características do tabagismo, estágios motivacionais, depressão, estresse percebido e ocupacional. Investigou-se a relação entre as variáveis explicativas e tabagismo. Resultados: dentre 656 participantes, identificaram-se 77,6% não tabagistas, 12,2% ex-tabagistas e 10,2% tabagistas. A maioria era mulher, com ensino médio completo, católica, casada, renda familiar entre três e cinco salários-mínimos, cargo de auxiliar de enfermagem, tinha dupla jornada e era responsável pela renda familiar. Tabagistas tinham dependência nicotínica de baixa a moderada. Conclusão: o estudo demonstrou baixa prevalência de tabagismo em profissionais de enfermagem. Escolaridade, religião, estado civil, cargo, responsabilidade pela renda familiar, história pessoal de depressão e etilismo, ter pais tabagistas, chiado no peito e outros sintomas associaram-se significativamente a ser tabagista e ex-tabagista.
ABSTRACT Objective: to identify the prevalence of smoking in nursing professionals and to determine the relationship of the habit with clinical and socio-demographic characteristics. Method: nursing professionals of a cardiovascular hospital answered a questionnaire on smoking and dependence degree, socio-demographic characteristics, personal and family background, smoking characteristics, motivational stages, depression, perceived and occupational stress. The relationship between the explanatory variables and smoking was investigated. Results: among 656 participants, 77.6% were non smokers, 12.2% former smokers, and 10.2% smokers. Most were female, with complete high school, Catholic, married, household income between three and five minimum wages, position as nursing assistant, had double shifts, and were responsible for family income. The nicotine dependence of smokers ranged from low to moderate. Conclusion: the study has shown low prevalence of smoking in nursing professionals. Education level, religion, marital status, job position, responsibility for family income, history of depression and alcoholism, chest "wheezing" and other symptoms were significantly associated with being a smoker or former smoker.
RESUMEN Objetivo: identificar la prevalencia del tabaquismo en profesionales de enfermería y determinar relaciones del hábito con características sociodemográficas y clínicas. Método: los profesionales de enfermería de un hospital cardiovascular respondieron al cuestionario sobre el tabaquismo y el grado de dependencia, características sociodemográficas, antecedentes personales y familiares, las características del tabaquismo, etapas de motivación, depresión y estrés laboral percibido. Se investigó la relación entre las variables explicativas y el tabaquismo. Resultados: entre los 656 participantes, se identificaron un 77,6% no tabaquistas, un 12,2% ex tabaquistas y un 10,2% tabaquistas. La mayoría era mujer, con enseñanza media completa, católica, casada, ingreso familiar entre tres y cinco salarios mínimos, cargo de auxiliar de enfermería, tenía doble jornada y era responsable por la renta familiar. Los tabaquistas tenían dependencia nicotínica de baja a moderada. Conclusión: el estudio demostró baja prevalencia del tabaquismo en profesionales de enfermería. La escolaridad, la religión, el estado civil, el cargo, la responsabilidad por la renta familiar, la historia personal de la depresión y el etilismo, tener padres tabaquistas, chillidos en el pecho y otros síntomas se asociaron significativamente a ser tabaquista y ex tabaquista.