CONTEXTUALIZAÇÃO: Tratamentos conservadores têm sido propostos para pessoas com síndrome do impacto (SI) do ombro, como fortalecimento do manguito rotador e dos músculos escapulares e alongamento dos tecidos moles do ombro. No entanto, são escassos os estudos que analisaram a eficácia do treinamento excêntrico no tratamento da SI. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos do treinamento excêntrico para abdutores do ombro na dor, função e desempenho isocinético durante a abdução concêntrica e excêntrica do ombro em indivíduos com SI. MÉTODOS: Vinte indivíduos (sete mulheres, 34,2 DP 10,2 anos, 1,7 DP 0,1 m, 78,0 DP 16,3 kg) com SI unilateral completaram o protocolo do estudo. Realizou-se treinamento isocinético excêntrico bilateral a 60º/s para abdutores do ombro durante seis semanas consecutivas, duas vezes por semana, em dias alternados. Para cada dia de treinamento, foram realizadas três séries de dez repetições, com um período de descanso de 3 minutos entre as séries para cada lado. A amplitude de movimento treinada foi de 60° (de 80° a 20°). O questionário Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand (DASH) foi utilizado para avaliar a função e os sintomas dos membros superiores. O pico de torque, o trabalho total e o tempo de aceleração foram avaliados durante a abdução concêntrica e excêntrica do braço a 60º/s e 180º/s por meio de um dinamômetro isocinético. RESULTADOS: As pontuações do DASH, o pico de torque, o trabalho total e o tempo de aceleração melhoraram (p<0,05) após o período de intervenção. CONCLUSÕES: Este estudo sugere que o treinamento isocinético excêntrico para abdutores do ombro melhora a função física dos membros superiores em indivíduos com SI.
BACKGROUND: Conservative treatments have been proposed for people with shoulder impingement syndrome (SIS), such as strengthening of the rotator cuff and scapular muscles and stretching of the soft tissues of the shoulder. However, there is a lack of studies analyzing the effectiveness of eccentric training in the treatment of SIS. OBJECTIVES: To evaluate the effects of eccentric training for shoulder abductors on pain, function, and isokinetic performance during concentric and eccentric abduction of the shoulder in subjects with SIS. METHODS: Twenty subjects (7 females, 34.2 SD 10.2 years, 1.7 SD 0.1 m, 78.0 SD 16.3 kg) with unilateral SIS completed the study protocol. Bilateral isokinetic eccentric training at 60º/s for shoulder abductors was performed for six consecutive weeks, twice a week, on alternate days. For each training day, three sets of 10 repetitions were performed with a 3-minute rest period between the sets for each side. The range of motion trained was 60° (ranging from 80° to 20°). The Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand (DASH) questionnaire was used to evaluate functional status and symptoms of the upper limbs. Peak torque, total work and acceleration time were measured during concentric and eccentric abduction of the arm at 60º/s and 180º/s using an isokinetic dynamometer. RESULTS: DASH scores, peak torque, total work and acceleration time improved (p<0.05) after the period of intervention. CONCLUSIONS: This study suggests that isokinetic eccentric training for shoulder abductors improves physical function of the upper limbs in subjects with SIS.