Resumo Objetivo Comparar a função e qualidade de vida dos pacientes submetidos a artroplastia total de joelho (ATJ) com plataforma tibial fixa e plataforma tibial móvel. Métodos Foram avaliados 240 pacientes com diagnóstico de osteoartrose de joelho, em um ensaio clínico, randomizados em dois grupos: grupo A, composto por 120 pacientes submetidos a ATJ com plataforma tibial fixa, e grupo B, formado por 120 pacientes com plataforma móvel. Todos foram avaliados de acordo com a função e qualidade de vida pelos questionários de Western Ontario and McMaster Universities Arthritis Index (WOMAC) e Short Form Health Survey(SF-36), e escores de dor, por meio da escala visual analógica (EVA) de dor, no pré-operatório e com 6meses, 1ano, 2anos, 4anos e 8anos de cirurgia. Resultados Com relação aos diversos domínios do SF-36, o comportamento médio dos escores de capacidade funcional, aspectos físicos, dor e aspectos emocionais foram estatisticamente diferentes ao longo do seguimento, em ambos os grupos. Os demais domínios de qualidade de vida não apresentaram diferenças. Assim como na EVA de dor, o escore médio do WOMAC de dor apresentou melhora ao longo do seguimento em ambos os grupos. Entretanto, com dois anos de seguimento, foram estaticamente piores no grupo A, se igualando ao grupo B nos outros momentos de acompanhamento. Conclusão Com 2anos de pós-operatório, os escores de dor do WOMAC e daEVA foram piores no grupo submetido aATJ com plataforma tibial fixa. Porém, as diferenças não permaneceram no médioprazo, sugerindo que a artroplastia com plataforma tibial móvel tem uma vantagem no curto prazo, podendo auxiliar no processo de reabilitação.
Abstract Objective To compare the function and quality of life of patients undergoing total knee arthroplasty (TKA) with fixed tibial platform and mobile tibial platform. Methods We evaluated 240 patients with knee osteoarthritis, randomized into two groups - Group A consisted of 120 patients who underwent TKA with fixed tibial platform, and the B group, consisting of 120 patients who underwent mobile platform arthroplasty. Patients were accessed according to the function and quality of life by the Western Ontario and McMaster Universities Arthritis Index (WOMAC) and the Short Form Health Survey (SF-36), and pain scores by visual analog scale (VAS) of pain, preoperatively and at 6 months, 1 year, 2 years, 4 years and 8 years of surgery. Results Regarding the various domains of the SF-36, we observed that the average behavior of functional capacity scores, physical aspects, pain and emotional aspects in the patient groups were statistically different during follow-up. The other domains of quality of life showed no mean differences. Regarding the pain assessed by VAS and WOMAC pain scores, we can see that it showed a mean change in follow-up in both patient groups. However, at 2 years of follow-up, they were statistically worse in group A, equaling group B in the other moments. Conclusion After 2 years of follow-up, we observed that pain scores and VAS were lower in the fixed platform group. However, these differences did not remain in the mid-term, suggesting that the mobile tibial platform arthroplasty has a short-term advantage, and may help in the rehabilitation process.