Resumen Introducción y objetivo: El cáncer es la segunda causa de muerte entre niños y adolescentes en Brasil. Evaluar la prevalencia de toxicidades orales derivadas del tratamiento oncológico en niños y adolescentes atendidos en el Hospital Estadual da Criança, de 2016 a 2017. Materiales y métodos: Se trata de un estudio descriptivo con datos obtenidos de historias clínicas. Se estudiaron variables relacionadas con la neoplasia, el portador, las toxicidades orales y el tratamiento oncológico, las cuales fueron analizadas de forma descriptiva y se realizó la prueba de la χ2 de Fisher para algunas de ellas. Resultados: Se identificaron 58 pacientes, en su mayoría mujeres (53%) y con edades entre 3 y 5 años (28%), con una media de 6,62 años. La neoplasia más común fue la leucemia linfoide aguda (38%), siendo la quimioterapia sola, la modalidad terapéutica más utilizada (67%), especialmente con el uso de citarabina (60%) y vincristina (56%). Veintitrés (40%) de los niños y adolescentes presentaron alguna toxicidad oral durante la terapia oncológica, por lo que a 4 (17,4%) se les interrumpió el tratamiento antineoplásico. La mucositis oral (70%) fue la toxicidad más común, afectando los labios en el 55% y fue asociada a dolor en el 64% de los casos. Dieciocho (78,2%) pacientes recibieron tratamiento por toxicidad oral, prescribiéndose nistatina en el 88,9% de los casos. Además, hubo una asociación significativa entre el estado de supervivencia y el lugar de residencia (p=0,03). Conclusiones: Entre los 58 niños y adolescentes estudiados, el 40% presentó toxicidades orales y 4 tuvieron interrumpido el tratamiento antineoplásico por este motivo. Así, se refuerza la importancia y la necesidad de la actuación del odontólogo en el equipo multidisciplinario en oncología.
Abstract Introduction and objective: Cancer is the second leading cause of death among children and adolescents in Brazil. To evaluate the prevalence of oral toxicities resulting from cancer treatment in children and adolescents treated at the Hospital Estadual da Criança, from 2016 to 2017. Material and methods: This is a descriptive study with data obtained from medical records. Variables related to neoplasia, carrier, oral toxicities and cancer treatment were studied, which were analyzed descriptively and thFisher χ2 test was performed for some of them. Results: Fifty eigth patients were identified, mostly female (53%) and aged between 3 and 5 years (28%), with an average of 6.62 years. The most frequent neoplasm was acute lymphoid leukemia (38%), with chemotherapy alone being the most used therapeutic modality (67%), especially with the use of cytarabine (60%) and vincristine (56%). Twenty-three (40%) of the children and adolescents exhibited some oral toxicity during cancer therapy, and for this reason, 4 (17.4%) had their antineoplastic treatment interrupted. Oral mucositis (70%) was the most common toxicity, affecting the lips in 55% and being associated with pain in 64% of cases. Eighteen (78.2%) patients received treatment for oral toxicities, with nystatin being prescribed in 88.9% of cases. In addition, there was a significant association between survival status and place of residence (p=0.03). Conclusions: Among the 58 children and adolescents studied, 40% had oral toxicities and 4 had their antineoplastic treatment interrupted for this reason. Thus, the importance and the need for the performance of the dentist in the multidisciplinary team in oncology is reinforced.
Resumo Introdução e objetivo: O câncer é a segunda maior causa de morte entre crianças e adolescentes no Brasil. Avaliar a prevalência de toxicidades orais decorrentes do tratamento oncológico em crianças e adolescentes atendidos no Hospital Estadual da Criança, no período de 2016 a 2017. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo com dados obtidos de prontuários médicos. Foram estudadas variáveis relacionadas à neoplasia, ao portador, às toxicidades orais e ao tratamento oncológico, que foram analisadas descritivamente e o teste χ2 de Fisher foi aplicado para algumas delas. Resultados: Foram identificados 58 pacientes, com maioria do sexo feminino (53%) e idade entre 3 e 5 anos (28%), com média de 6,62 anos. A neoplasia maligna mais frequente foi a leucemia linfóide aguda (38%), sendo a quimioterapia isolada a modalidade terapêutica mais empregada (67%), especialmente com uso de citarabina (60%) e vincristina (56%). Vinte e três (40%) das crianças e adolescentes exibiram alguma toxicidade oral durante a terapia oncológica, e por esta razão, 4 (17,4%) tiveram o tratamento antineoplásico interrompido. A mucosite oral (70%) foi a toxicidade mais comum, acometendo os lábios em 55% e estando associada a dor em 64% dos casos. Dezoito (78,2%) pacientes receberam tratamento para as toxicidades orais, sendo a nistatina prescrita em 88,9% dos casos. Ademais, observou-se associação significante entre status de sobrevida e local de residência (p=0.03). Conclusões: Dentre as 58 crianças e adolescentes estudadas, 40% apresentou toxicidades orais e 4 tiveram o tratamento antineoplásico interrompido por esta razão. Desta forma, reforça-se a importância e a necessidade da atuação do cirurgião-dentista na equipe multiprofissional em oncologia.